quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Arrumadores

Não minimizo de todo o problema social, gravíssimo, que representa os arrumadores que nascem por geração espontânea em Lisboa.
Agora, de cada vez que tenho de estacionar o carro não tenho de "levar" com alguém com um pedaço de jornal a indicar-me um local óbvio, a correr atrás do carro dificultando a minha mobilidade, com um "colega" diferente a 5 metros de distância disputando a sua soberania sobre aquele espaço e obrigando-me a ouvir uma série de impropérios, a estender a mão para a moedinha e a fazer cara feia se lhe dou menos de 1€ (alguns concedem os 0,50€!), independentemente do local ter parquímetro ou não. E ainda dizem, com toda a certeza e propriedade do mundo, quando o lugar é o mais proibido possível: Vá descansada que aqui a polícia não multa, palavra de honra!
E depois ainda vem aquele eterno e assustador argumento: Minha Senhora, ao menos não ando a roubar!
Esgota-me a paciência e faz-me desejar uma solução idêntica à das pragas insectos!
Dadas as proporções actuais do fenómeno, que chegou onde chegou pela ineficácia, incompetência e o eterno deixa andar das entidades responsáveis (what's new?), a solução já não pode ser pacífica e terá de ser radical e multidisciplinar pois deixou de ser uma questão unicamente de ordem pública para se tornal numa chaga social. Só que dá trabalho planear, executar e manter.
Mas, não é para isso que pago, certinha, os meus impostos?

1 comentário:

Sandra Coelho disse...

Estou a ver que tiveste um encontro imediato de 3º grau ontem! Eu pura e simplesmente deixei de pagar. Claro que há uns risquinhos nas minhas portas que devem ser consequência disso. Mas muitas das vezes acabo a pura e simplesmente estacionar mais longe só para não me irritar.