sexta-feira, 31 de julho de 2009
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Adenocarcinoma do cólon
The good news is: foi tudo tiradinho, logo agora é só fazer o controlo regular. Ufa!!!! :)
terça-feira, 28 de julho de 2009
Feeling blue
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Às vezes sinto assim
Um pouco mais de sol e eu era brasa
Um pouco mais de azul e eu era além
Mas para ser faltou-me um golpe de asa
Mário de Sá Carneiro
Um pouco mais de azul e eu era além
Mas para ser faltou-me um golpe de asa
Mário de Sá Carneiro
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Obrigada Dr. P.L.
Dia 20 de Maio. Diagnóstico: lesão plana no cólon ascendente. Biopsia. Resultado: Borderline.
Dia 14 de Julho. Cirurgia. Correu tudo bem. Pós-operatório a evoluir favoravelmente.
A cadeia do SNS funcionou, depressa e bem. Como diz J., se todos fizessem o seu trabalho tudo seria assim. Infelizmente sabemos que é, principalmente, uma questão de sorte. E nós tivemos muita sorte na competência, interesse e profissionalismo de todos.
Dia 14 de Julho. Cirurgia. Correu tudo bem. Pós-operatório a evoluir favoravelmente.
A cadeia do SNS funcionou, depressa e bem. Como diz J., se todos fizessem o seu trabalho tudo seria assim. Infelizmente sabemos que é, principalmente, uma questão de sorte. E nós tivemos muita sorte na competência, interesse e profissionalismo de todos.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Para o Nuno
Procura-se um amigo
Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
Vinicius de Morais
Eu já te encontrei.
Parabéns.
Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
Vinicius de Morais
Eu já te encontrei.
Parabéns.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
terça-feira, 7 de julho de 2009
Pumba
Marcha atrás, atenção para não não bater na esquina, ângulo morto e PUMBA, CRASH. Farol traseiro esquerdo destruído, chapa para dentro, uma enervação. M....
Leituras
Já o disse, provavelmente mais do que uma vez, e provavelmente voltarei a dizer, que me sinto bem na literatura africana lusófona, particularmente na angolana. A nossa Língua é inventada e reinventada e fica mais expressiva, mais colorida, mais brincalhona, mais quente e, até, mais suave. Conheço três escritores angolanos: Petetela, Agualusa e Ondjaki e em todos encontro esta saborosa escrita, mesmo quando falam de tristeza, de drama, de sofrimento. É como se as palavras dançassem e eu dançasse com elas.
O último livro de Pepetela, “O Panalto e a Estepe”, é um belíssimo romance de amor, eterno como só o amor pode ser, cruzado com a história recente do povo angolano, uma história de luta e desilusão e de sonhos por cumprir. Começa em Huíla nos anos 60, e chega aos dias de hoje, depois de passar pela União Soviética, Mongólia, Argélia e Cuba.
O “Barroco Tropical” do Agualusa é um romance sombrio mas, e eis que me repito, apesar disso, mesmo nos momentos negros há um movimento festivo, um pulsar vital. Durante a tragédia há festa. Os personagens são exuberantes e fantásticos. É um livro que faz reflectir. É, como li algures, um livro de Esperança escrito ao avesso.
O último livro de Pepetela, “O Panalto e a Estepe”, é um belíssimo romance de amor, eterno como só o amor pode ser, cruzado com a história recente do povo angolano, uma história de luta e desilusão e de sonhos por cumprir. Começa em Huíla nos anos 60, e chega aos dias de hoje, depois de passar pela União Soviética, Mongólia, Argélia e Cuba.
O “Barroco Tropical” do Agualusa é um romance sombrio mas, e eis que me repito, apesar disso, mesmo nos momentos negros há um movimento festivo, um pulsar vital. Durante a tragédia há festa. Os personagens são exuberantes e fantásticos. É um livro que faz reflectir. É, como li algures, um livro de Esperança escrito ao avesso.
domingo, 5 de julho de 2009
Poetisa do movimento Bailarina das palavras
Pina Bausch
"Se cada um for ao fundo dos seus sentimentos, acredito que há uma linguagem que todos partilhamos, que todos falamos e na qual todos nos entendemos e nos encontramos. É dança, é movimento, mas é também tudo o que nos ajuda a expressar melhor aquilo que nos move".
Pina Bausch deu-nos, para sempre, a plenitude do(s) movimentos(s) da vida.
Sal Rei
Na igreja de Santa Isabel, a igreja mais pobre em que já estive, a pia baptismal mais viva, colorida, alegre e simbólica que já vi
De regresso
Eis-me de volta de uma semana de dolce fare niente . Foram sete dias de recuperação física e de "alheamento" mental. Segui o lema "Deitar cedo e cedo erguer..." e entrei em fase zen. Recuperei também
a leitura com
uns quilitos isto do regime TI é uma desgraça
uma corzita saudável uns banhos de sol de mar fazem milagres
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