quinta-feira, 10 de junho de 2010

Vencer

É extraordinário como a história está cheia de personagens caricatos e caricaturais mas que, apesar disso, conseguem galvanizar povos inteiros que se tornam fiéis seguidores das suas doutrinas extremistas. e do seu espírito de maldae pura. Mussolini é um desses personagens.
Nas imagens verídicas do filme chega a ser patético mas de facto tinha milhares a seus pés.
Não sabia que a sua iniciação política se tinha feito como agitador de esquerda e só depois, desiludido pela neutralidade defendida pela esquerda italiana na I Grande Guerra, se iria virar para o nacional socialismo.
É irónico como os extremos se aproximam e acabam por ser, apesar de doutrinariamente diferentes, tão triste e cobardemente iguais.

O filme conta a história, trágica, de uma mulher e o seu filho, primeiro reconhecido e depois renegado. Ela é Ida Dalser, amante de Mussolini que vendeu tudo pela ascensão do homem que amava. Mas no cume da euforia fascista, o regime de Mussolini empenha-se em eliminar cada vestígio da sua existência. Separados à força, Ida Dalser e o seu filho Benito Albino Mussolini viveram os últimos anos num manicómio sob uma violenta clausura. Esta é uma página sombria ignorada pela biografia oficial do Duce.

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