Nem sempre concordo com Miguel Sousa Tavares e, confesso que, muitas vezes o considero demasiado pretensioso, mas não posso deixar de transcrever aqui, da sua crónica do último sábado no Espresso, esta passagen que reflecte, na perfeição, as minhas chegadas ao aeroporto da Portela:
Passada a zona de passaportes, segue-se a já clássica espera interminável pelas malas, demonstração eloquente do serviço verdadeiramente terceiro-mundista prestado por uma empresa chamada Groundforce. (...) Adiante: após 50 minutos de espera, todavia apressados pelos protestos de alguns passageiros, a Groundforce lá começou a devolver as malas. E aconteceu o absurdo: de duzentos e tal passageiros, apenas uma dúzia deles, os portugueses, estavam à espera das malas. Todos os outros, os brasileiros e demais 'suspeitos', continuavam retidos no Serviço de Estrangeiros. O resultado é que rapidamente se acumulou uma montanha de malas sem donos no corredor rolante, exigindo a presença de um funcionário para tentar evitar que a saída das malas entupisse.
De malas na mão, mais de uma hora após a chegada, o passageiro português pode, enfim, desembarcar - não sem antes ter de subir o elevador ao andar de cima para apanhar um táxi na zona de partidas, visto que na zona de chegadas, mais próxima e acessível, está instalada de há anos uma máfia, conhecida de passageiros e polícia, capaz de fazer uma cena a quem não queira ir para Cascais ou para o Barreiro ou desconfie das taxas de serviço extras.
De malas na mão, mais de uma hora após a chegada, o passageiro português pode, enfim, desembarcar - não sem antes ter de subir o elevador ao andar de cima para apanhar um táxi na zona de partidas, visto que na zona de chegadas, mais próxima e acessível, está instalada de há anos uma máfia, conhecida de passageiros e polícia, capaz de fazer uma cena a quem não queira ir para Cascais ou para o Barreiro ou desconfie das taxas de serviço extras.
Sem comentários:
Enviar um comentário