quarta-feira, 30 de abril de 2008

Nós e as hormonas

1. CICLO MENSTRUAL INFLUENCIA ÊXITO DA CESSAÇÃO TABÁGICA
As mulheres que tentam deixar de fumar nas duas semanas que antecedem a ovulação têm um maior risco de fracassar, de acordo com um estudo da Universidade de Minnesota, nos EUA, que acompanhou um grupo de mais de 200 mulheres. Metade do grupo analisado tentou deixar de fumar nas duas semanas anteriores à ovulação e a outra metade nas duas semanas seguintes. Após 30 dias, 86% da primeira amostra falhou na tentativa de superar o vício e fumou, pelo menos, um cigarro. Na segunda amostra, apenas 66% das mulheres falharam o objectivo. Cada um dos períodos, segundo os investigadores, é marcado por diferenças nas hormonas produzidas pelo corpo, mas não foi possível definir a origem das diferenças em relação à tentativa de deixar o tabaco. Uma hipótese adiantada é que a diferença hormonal, ligada às diferentes fases do ciclo menstrual, pode afectar a gravidade dos sintomas gerados pela abstinência de nicotina. Segundo as conclusões do estudo, as hormonas podem até ter um papel na velocidade pela qual a nicotina é removida da corrente sanguínea.
2. HORMONA PODE DETERMINAR O RELÓGIO BIOLÓGICO DA MULHER
Investigadores holandeses descobriram uma relação entre os níveis da hormona anti-mülleriana (HMA) e o sangue, durante a menopausa, o que vai permitir conhecer com exactidão o relógio biológico da mulher. Embora os dados do estudo ainda tenham de ser confirmados, esta descoberta vai permitir às mulheres conhecer a sua idade reprodutiva e planear as suas gravidezes, afirmou Jeroen van Disseldorp, especialista do Centro Médico da Universidade de Utrecht e co-autor do estudo. “Acreditamos que agora será possível prever a idade reprodutiva da mulher a nível mundial”, declarou o investigador, adiantando que a margem de erro é de cerca de seis meses, sendo o teste uma simples análise ao sangue. De acordo com este trabalho, os níveis de HMA no sangue reflectem o número de pequenos folículos nos ovários, que permitem a reprodução mediante a ovulação mensal. O esgotamento desses folículos desencadeia a menopausa. O estudo será publicado na edição de Junho da Revista de Endocrinologia Clínica & Metabolismo.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Vou agora ver, ou melhor, ouvir

Fundação Calouste Gulbenkian

Serviço de Música


NICHOLAS ANGELICH (piano)

Johann Sebastian Bach
Suite inglesa Nº 2, em Lá menor, BWV 807

Maurice Ravel
Valses nobles et sentimentales

Ludwig van Beethoven
Variações Diabelli, op.120

Nicholas Angelich apresenta-se no Grande Auditório com um recital preenchido por três obras-primas do piano, peças incontornáveis do repertório do instrumento. O pianista nascido americano interpretará um dos monumentos da música do século XIX: as Variações Diabelli, de Ludwig van Beethoven, uma partitura fundamental, quer do ponto de vista instrumental, quer na perspectiva da história da composição. Tocará ainda a segunda das Suites Inglesas, de Johann Sebastian Bach, e as efervescentes Valses nobles et sentimentales, de Maurice Ravel.
A solidez da sua técnica pianística e o seu talento para recriar os mais variados ambientes expressivos fazem com que seja considerado um dos pianistas mais importantes da sua geração.

domingo, 27 de abril de 2008

Blade Runner

Quando vi o filme Blade Runner pela 1ª vez, back in 1982, fiquei rendida e fascinada com aquela visão futurista e trágica do destino da raça humana. Tornou-se, imediatamente, um dos filmes da minha vida. E depois, aquela maravilhosa e arrebatadora banda sonora dos Vangelis que me emocionou , e emociona, particularmente (a propósito, a quem emprestei o LP?).
Hoje revi o filme, na sua versão Final Cut de 2007, e a magia aconteceu outra vez, com a diferença de o futuro ser, já, presente. E novamente a música, fantástica tal como da 1ª vez que a ouvi. Sensação boa...

Still in Chicago

Leitura algures entre NY e Chicago

Fabulosa fábula. É desta que vou, finalmente, ler "O Delfim".

sábado, 26 de abril de 2008

Cloud Gate











What I wanted to do in Millennium Park is make something that would engage the Chicago skyline…so that one will see the clouds kind of floating in, with those very tall buildings reflected in the work. And then, since it is in the form of a gate, the participant, the viewer, will be able to enter into this very deep chamber that does, in a way, the same thing to one's reflection as the exterior of the piece is doing to the reflection of the city around.

-Anish Kapoor




Michigan Avenue and bridge






Chicago

Vá-se lá saber porquê, Chicago é famosa pelas suas pizzas. Não há como ir a Chicago e não comer pizza numa das famosas pizzarias da cidade. Desta vez fui ao Giordano's.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Milwaukee II

The CheeseCake Factory
É uma cadeia de restaurantes que, como o próprio nome indica, inicialmente só vendia cheesecake mas que alargou o seu portfolio e serve todo o tipo de comida. E que boa comida. Come-se muitíssimo bem no CheeseCake Factory. Claro que as doses são enormes (estamos nos EUA guys), "regular", seja para os comes seja para os bebes, significa enorme, mas muito saborosas e tem "trilhões" de tipos diferentes de cheesecakes e, when I say trillions I mean trillions. Tenho lá ido sempre que vou a Milwaukee e saio sempre muito satisfeita.
Uma outra cadeia, nova para mim, especializada em Peixe e Marisco. Excelente. Já com doses mais "european style", peixe fresquíssimo e super saboroso. Definitivamente, a repetir. Degustei umas belas ostras de entrada, uns deliciosos "Sea scallops-Georges Bank, Massachusetts"e, para rematar, uma Key Lime Pie. Humm!!!

Milwaukee I

Milwaukee Art Museum
Um fabuloso edifício de Calatrava que, consoante, a hora do dia, abre ou fecha as "asas"


e, lá dentro, temos a sensação de estar num navio

Uma redescoberta, neste minha nova visita à cidade.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Amadeo de Souza Cardoso

The Leap of the Rabbit, 1911

Landscape, 1912

The Stronghold, c. 1912


I will think of you JP.



Chicago

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Joana Vasconcelos

A 1ª obra que vi da artista plástica Joana Vasconcelos foi a A Noiva, um lustre com 4,7 metros de altura, feito com 14 mil tampões, que estava pendurada à entrada do LUX. Um verdadeiro "statement".
Porque é de statements que se faz a obra desta autora.

No caso de A Noiva, a obra assenta na fusão de dois símbolos de ostentação burguesa: o lustre e a noiva – «a mulher transformada em bibelot», esclarece a artista. O toque de contemporaneidade advém do material usado na construção do lustre. Os tampões apelam à «decadência do conceito de perfeição imaculada do branco; apontam a hipocrisia da imagem da noiva pura», no entender de JV.

O fantástico Coração Independente (2006) com os seus 3,70 m de altura de ferro pintado e "filigrana" de 5000 colheres plástico! É um coração feito à imagem do coração de Viana.
O genial sapato Dorothy, um enorme sapato de salto alto modelo Prada feito de panelas de alumínio, cujo objectivo é, segundo JV, chamar a atenção para a dualidade da vida actual das mulheres, da incompatibilidade entre os afazeres domésticos e a vida social activa.

e mais, e mais.

Ouvi agora que vai abrir o seu atelier/galeria a quem esteja interessado em acompanhar todo o processo criativo: concepção , execução, exibição. Só me resta descobrir onde é exactamente. Se alguém souber...

terça-feira, 15 de abril de 2008

By the way

as fotos do post anterior são da autoria da dedicada fotógrafa Miss. Mau Feitio

segunda-feira, 14 de abril de 2008

domingo, 13 de abril de 2008

Impulso bom


João de Almeida

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Diego Rivera






Não é fabuloso?

Lembro-me que a 1ª vez que vi quadros dele "ao vivo" fiquei tão excitada que só queria, literalmente, respirar e viver aquelas cores e emoções.

Breve, breve, regresso ao The Art Institute of Chicago para me deliciar e emocionar mais uma vez. Looking forward to.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Boas notícias



Em doenças como Parkinson e Alzheimer, uma das questões centrais prende-se com a identificação dos 'culpados' pela morte dos neurónios que são perdidos nestas patologias. Até há pouco tempo, a presença de aglomerados proteícos no cérebro era a explicação lógica para a morte e mau funcionamento neuronal.

Mas, num estudo publicado na revista PLoS ONE demonstra-se que a morte neuronal pode ter uma explicação mais complexa. Através da aplicação de uma técnica inovadora, os investigadores detectaram a formação de micro-aglomerados proteícos que antes não era possível observar, devido às suas reduzidas dimensões.
A técnica consistiu na complementação da actividade de uma proteína fluorescente através da junção de duas metades não funcionais da mesma proteína."É como se juntássemos duas metades de uma moeda partida ao meio", disse Tiago Outeiro, 31 anos, investigador do Instituto de Medicina Molecular (IMM).

Os investigadores observaram ainda que certas proteínas têm a capacidade de prevenir a formação dos micro-aglomerados observados e assim reduzir a toxicidade que lhes está associada.O estudo poderá abrir novas oportunidades terapêuticas através do desenvolvimento de estratégias para reduzir a toxicidade das partículas tóxicas agora possíveis de observar. A nova técnica poderá permitir estabilizar as proteínas alteradas e dar-lhes a configuração desejada.

São boas notícias para os 70 mil portugueses que sofrem de Alzheimer e para os 20 mil portugueses a quem foi diagnosticada doença de Parkinson.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Hoje só queria

Um velho calção de banho
O dia pra vadiar
Um mar que não tem tamanho
E um arco-íris no ar
Depois na praça Caymmi
Sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime
Beber uma água de coco

É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã

Enquanto o mar inaugura
Um verde novinho em folha
Argumentar com doçura
Com uma cachaça de rolha
E com o olhar esquecido
No encontro de céu e mar
Bem devagar ir sentindo
A terra toda a rodar

É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã

Depois sentir o arrepio
Do vento que a noite traz
E o diz-que-diz-que macio
Que brota dos coqueirais
E nos espaços serenos
Sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços morenos
Da lua de Itapuã

É bom
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã

Vinicius de Morais

Amanhã é dia, ou melhor, noite de




quinta-feira, 3 de abril de 2008

Batalha do Sabugal

Cumprem-se hoje 197 anos sobre a Batalha do Sabugal, que opôs o 2.º corpo do exército francês, dirigido por Reynier, ao exército anglo-luso, directamente comandado por Wellington. Foi o último combate da Guerra Peninsular em território português, ali se decidindo, em definitivo, a sorte das armas. Por incrível que pareça nenhum padrão ou obelisco assinala no local da batalha.
O exército invasor vinha em retirada, em marchas forçadas, espalhando os vários Corpos pela região, e dirigindo-se o 2.º ao Sabugal, ocupando a vila e acampando no sítio do Gravato, dois quilómetros a sul do Sabugal, num alto sobranceiro ao rio Côa, na sua margem direita. Wellington, que lhe vinha no encalço, estabeleceu o posto de comando no cimo do monte do lado direito do rio, frente ao castelo do Sabugal e dali decidiu executar uma manobra que isolasse o Corpo de Reynier do resto do exército francês, destroçando-o. O plano do comandante inglês consistia em entreter as forças napoleónicas com pequenos ataques ao acampamento do Gravato a partir da margem esquerda do rio, enquanto que o grosso das forças executava uma longa manobra de envolvimento, que consistia em atravessar o rio nas Peladas, já perto de Quadrazais para dali avançar sobre o corpo do exército francês, apanhando-o pela rectaguarda. Porém o nevoeiro da manhã de 3 de Abril comprometeu os planos de Wellington, já que a brigada ligeira que fora incumbida de executar uma primeira investida atravessou o rio um pouco acima da vila do Sabugal e avançou a coberto da névoa, assim surpreendendo os franceses que não contavam com a manobra. Quando o nevoeiro se dissipou Wellington viu que a sua pequena força combatia em clara desvantagem porque os franceses haviam-se reorganizado e estavam prestes a rechaçar o ataque. Decidiu então lançar todas as forças de reserva em defesa da sua posição. Após demoradas escaramuças as tropas francesas foram derrotadas, ficando o alto do Gravato e os campos vizinhos juncados de cadáveres, na sua grande maioria de soldados gauleses. A Reynier, com o posto de comando instalado num alto sito a Leste do Sabugal, restou-lhe retirar, obedecendo às ordens do Marchal Massena que reuniu o 2.º, 6.º e 8.º Corpos em Alfaiates, de onde seguiu em marchas forçadas para Ciudad Rodrigo. A batalha do Sabugal, também chamada do Gravato, foi o último dos combates onde ambos os lados lutaram determinantemente para vencer.