domingo, 16 de março de 2008

Paixão segundo S. João

CORO GULBENKIAN
ORQUESTRA GULBENKIAN
MICHEL CORBOZ (maestro)
RACHEL HARNISCH (soprano)
ANKE VONDUNG (meio-soprano)
WERNER GÜRA (tenor) - Evangelista
CHRISTOPHE EINHORN (tenor) - árias
ANDREAS SCHMIDT (barítono) - Cristo
STEPHAN MACLEOD (baixo) - árias
MARCELO GIANNINI (orgão)
SÉRGIO ÁLVARES (viola da gamba)
Johann Sebastian Bach
Paixão segundo São João, BWV 245
Na Sexta-Feira Santa de 1724 estreou-se, na Igreja de São Nicolau de Leipzig, a Paixão segundo São João, de Johann Sebastian Bach.Decorridos quase três séculos, a obra continua a transmitir com a mesma força a sua mensagem.
A reflexão em torno do mistério da morte de Cristo, constitui, tal como a comemoração do seu nascimento, e em consonância com o calendário litúrgico, um dos momentos mais esperados da temporada de música da Gulbenkain.
Na liturgia luterana é uso cantar-se na Semana Santa a narrativa bíblica da Paixão de Cristo segundo o texto de cada um dos quatro Evangelistas, e é assim que Bach, Kantor da Igreja de São Tomé de Leipzig a partir de 1723, põe em música as quatro Paixões, com especial dedicação aos textos de São Mateus, para o Domingo de Ramos, e de São João, para a Sexta-Feira Santa. A narrativa do Evangelista e os Ditos de Cristo são tratados em recitativo, ao que se acrescentam corais luteranos bem conhecidos das congregações protestantes e passagens livres de comentário devoto à descrição bíblica, confiadas aos quatro solistas e ao coro. A Paixão Segundo S. João, sobre um texto pietista do poeta Heinrich Brockes, é retomada logo um ano após a sua estreia, de novo cerca de 1730 e por último nos anos finais da década seguinte, quase sempre com revisões de maior ou menor monta em cada reposição. O resultado é, muito simplesmente, uma das grandes obras da Arte Sacra universal.

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