Quando estudei em Coimbra vivi alguns anos numa casa, sob vários aspectos, extraordinária. E a isso voltarei, ou não, num próximo post.
O que interessa para agora é que essa casa ficava muito, muito perto de uma taberna, também ela extraordinária. Era um sítio escuro (as paredes ainda eram de madeira), com um forte aroma a tintol mas também com o delicioso aroma das iguarias que ali eram confeccionadas. Penso que por causa de uma fiscalização qualquer foram, na altura, obrigados a fazer obras, perdendo-se a tipicidade do espaço, mas mantendo a boa comida e a casticidade do ambiente. Fiz lá umas belas, e regadas, refeições enquanto estudante e continuo a lá ir sempre que se proporciona. Foi lá que pela 1ª vez experimentei Ossos e é lá que, ainda hoje, me sinto “em casa” e quando chego o Sr. Quim a a D. Lurdes me saúdam com uma genuína expressão de alegria e me põem a par das últimas. Sim, estou a falar do QUIM DOS OSSOS, a tasquinha onde ainda se come bem e barato e onde a simpatia do Sr. Quim e da D. Lurdes não têm preço. Este casal que me viu, a mim e a milhares de outros, passar da inconsciência de estudante ao estado adulto, e que soube, e sabe, manter uma relação de qualidade com todos.
Estive lá a semana passada e soube tão bem, como sabe sempre tão bem, sentir-me em “porto seguro”.
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