quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
E cá vamos nós, caminhando para lado nenhum
FARMÁCIAS DUPLICAVAM COMPARTICIPAÇÕES PAGAS PELO SNS
A auditoria foi desencadeada em 2001 pela então ministra da saúde, alarmada com o imparável crescimento das despesas com medicamentos. Num primeiro relatório, lembra o Público, foram detectadas diversas situações de fraude na área da ARS de Lisboa e Vale do Tejo. Seguiram-se idênticas acções nas restantes zonas do país. Aproveitando a fase de transição do escudo para o euro e a obrigatoriedade de remarcação e da dupla fixação do preço, muitas farmácias acabaram por apresentar ao SNS as duas etiquetas.
A auditoria foi desencadeada em 2001 pela então ministra da saúde, alarmada com o imparável crescimento das despesas com medicamentos. Num primeiro relatório, lembra o Público, foram detectadas diversas situações de fraude na área da ARS de Lisboa e Vale do Tejo. Seguiram-se idênticas acções nas restantes zonas do país. Aproveitando a fase de transição do escudo para o euro e a obrigatoriedade de remarcação e da dupla fixação do preço, muitas farmácias acabaram por apresentar ao SNS as duas etiquetas.
Face à impossibilidade de analisar todos os pagamentos, as inspecções foram feitas por amostragem, envolvendo apenas alguns estabelecimentos farmacêuticos e um período de três meses. O esquema da dupla utilização de etiquetas acabou assim por convergir para o distrito de Braga, tendo sido comunicados à Polícia Judiciária os indícios envolvendo quatro farmácias, duas de Braga, uma no concelho de Barcelos e outra em Amares
As investigações agora concluídas apontam para que, só aquelas quatro farmácias e num curto período de tempo, tenham lesado o Estado em cerca de 75 mil euros, numa burla que além do SNS envolveu também a Direcção-Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública, conhecida como ADSE. No caso de Braga, trata-se de uma farmácia que há mais de 50 anos funciona no centro da cidade e outra na localidade de Esporões, tudo apontando para que o responsável pelas fraudes seja o efectivo proprietário de ambos os estabelecimentos, os quais, no entanto, são formalmente detidos pelos respectivos directores técnicos, uma vez que o real proprietário carece da habilitação (licenciatura em Farmácia) legalmente exigida.A PJ apurou ainda que o mesmo é proprietário dos prédios onde funcionam as duas farmácias, bem como do edifício onde funciona o Centro de Saúde de Esporões. Ele mesmo procederia ao destaque das etiquetas autocolantes de remarcação, que colocava depois noutro cartão que remetia para os serviços da sub-região de Saúde de Braga, onde eram processados os pagamentos das comparticipações.As investigações apontam também para a possibilidade de o mesmo indivíduo ter utilizado etiquetas de receitas já anteriormente comparticipadas, tendo ainda abusivamente recorrido a receitas e vinhetas de dois médicos, tudo como forma de obter o pagamento de comparticipações indevidas.
As investigações agora concluídas apontam para que, só aquelas quatro farmácias e num curto período de tempo, tenham lesado o Estado em cerca de 75 mil euros, numa burla que além do SNS envolveu também a Direcção-Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública, conhecida como ADSE. No caso de Braga, trata-se de uma farmácia que há mais de 50 anos funciona no centro da cidade e outra na localidade de Esporões, tudo apontando para que o responsável pelas fraudes seja o efectivo proprietário de ambos os estabelecimentos, os quais, no entanto, são formalmente detidos pelos respectivos directores técnicos, uma vez que o real proprietário carece da habilitação (licenciatura em Farmácia) legalmente exigida.A PJ apurou ainda que o mesmo é proprietário dos prédios onde funcionam as duas farmácias, bem como do edifício onde funciona o Centro de Saúde de Esporões. Ele mesmo procederia ao destaque das etiquetas autocolantes de remarcação, que colocava depois noutro cartão que remetia para os serviços da sub-região de Saúde de Braga, onde eram processados os pagamentos das comparticipações.As investigações apontam também para a possibilidade de o mesmo indivíduo ter utilizado etiquetas de receitas já anteriormente comparticipadas, tendo ainda abusivamente recorrido a receitas e vinhetas de dois médicos, tudo como forma de obter o pagamento de comparticipações indevidas.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
O Quebra-Nozes
Ontem foi noite de ver O Quebra-Nozes no São Carlos, pela CNB.
Bailado em um Prólogo e II actos
Coreografia Armando Jorge
segundo Petipa / Ivanov
Música Piotr Ilitch Tchaikovski
Música Piotr Ilitch Tchaikovski
Argumento Marius Petipa
(baseado no conto de E.T.A. Hoffmann)
Cenário e Figurinos Artur Casais
Desenho de Luz Pedro Martins
Interpretação Musical ao vivo com:
ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA
Cenário e Figurinos Artur Casais
Desenho de Luz Pedro Martins
Interpretação Musical ao vivo com:
ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA
CORO DO TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS
Direcção Musical Johannes Stert
Direcção Musical Johannes Stert
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Parabéns a Manoel de Oliveira
Confesso que vi poucos filmes de Manoel de Oliveira. Talvez por preconceito e, seguramente por desconhecimento, sempre tive a ideia de que eram filmes muito longos, com igualmente longos planos e personagens demasiado "teatrais". A verdade é que gostei dos que vi, particularmente do Vou para casa, o que não deixa de ser curioso e até contraditório.
Mas, a questão aqui não é tanto o que eu acho, ou deixo de achar, mas reconhecer que é OBRA o que este senhor fez, e continua a fazer, no cinema. E hoje, faz 100 anos. 100! Razão de sobra para que, nem que seja pela curiosidade, ver com outro olhar, e à luz de um século, os seus filmes. è o que me proponho
“É muito fácil explicar por que é que ele é o maior cineasta do mundo. O cinema, mesmo quando é um grande cinema feito pelos maiores cineastas, obedece a um certo número de regras que são intocáveis. O que é fascinante em Oliveira é que ele não respeita regra nenhuma. É alguém que opera quase como se não tivesse havido cinema antes dele – é preciso inventar ou reinventar tudo. É como um primitivo italiano que tem de inventar a pintura porque ela não existe antes dele ou como Jean Dubuffet ou Picasso, que não se contentam com os códigos da pintura, mas que a querem reinventar o tempo todo.”
Frédéric Bonnaud
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Fome
Já não sei onde li que Hunger/Fome é uma experiência multi-sensorial. Nada mais verdadeiro. É um filme violento, dramático, controverso, apaixonante, de uma intensidade quase insuportável e profundamente emotivo. Raramente um filme me provoca reacções físicas. E aqui aconteceu (acho que a última vez que o senti foi no Ondas de Paixão do Lars Von Trier). Um filme simultaneamente belo e horrível. Que nos deixa uma sensação de desconforto e tristeza.
E que atordoador Michael Fassbender, no papel de Bobby Sands. Indescritível transfiguração.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
domingo, 7 de dezembro de 2008
Francis Bacon
Ainda no rescaldo de Londres não posso deixar de mencionar a exposição na Tate Britain de Francis Bacon, uma pintura abolutamente brutal, demente e sofrida. Perturbadora.
Teatro da Cornucópia
Mais uma confirmação da excelente qualidade das peças que se vêem neste teatro. Desta vez fui ver Os Gigantes da Montanha, um extraordinário texto e não menos extraordinário trabalho de actores.
Uma encenação perfeita e uma óptima luz.
Uma reflexão extremamente actual sobre o destino da arte na sociedade em que vivemos.
De um lado, o grupo de marginais inocentes liderados pelo mágico poeta desempenhado, brilhantemente, por Luís Miguel Cintra. Do outro, a trupe da condessa, um grupo de actores que deambula de terra em terra à procura de público. A história começa quando os dois grupos se encontram no sopé da montanha .
"No fundo a peça retrata actores que chegam desiludidos e cansados a um local que está entre dois mundos, isto é, entre a vida e a morte, onde lhes seria possível desembaralharem-se do peso das suas consciências", explica a encenadora Christine Laurent.
Só que sobre a montanha paira a ameaça dos gigantes, que podem ser metaforicamente entendidos como o mercado dos bens culturais que ameaça engolir tudo e todos.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
G
No Queen Elizabeth Hall, no South Bank Centre, tive a oportunidade de ver G pela companhia Australian Dance Theatre.
G tem como ponto de partida a narrativa romântica de Giselle mas completamente descontruida na sua abordagem: histeria, sexo, amor, traição, perda e metamorfose.
O bailarinos, tecnicamente perfeitos, fazem verdadeiras acrobacias que arrepiam "de dor" o público tal o impacto e impossibilidade dos movimentos. A música é absolutamente doentia e obcessiva, o que ajuda na construção histéria que, vim a saber no fim, era pretendida.
A 2ª metade foi uma repetição da 1ª, o que retirou algum do impacto inicial, mas foi, apesar de tudo, um excelente espectáculo.
No fim, adorei o conceito de chamar o director artístico e coreógrafo, e alguns bailarinos, para uma sessão de perguntas/respostas com o público. Não só ajudou a esclarecer e compreender muito do que se tinha visto no placo como criou um ambiente de intimidade bem simpático.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Tate Modern
Confirmei, ou melhor, acentuei, o fascínio por Rothko. A série Black-Form Paintings é absolutamente extraordinária. E, ao contrário do que eu pensava, não estamos perante um abstracionismo puro; a emoção está patente em todos a cada um dos quadros.
"Se vale a pena fazer uma coisa de cada vez, vale a pena fazê-la várias vezes, experimentando e exigindo, pela sua repetição, que o público olhe para ela".
"O que me interessa é a expressão das básicas emoções humanas, a tragédia, o êxtase e o destino... Não sou um pintor abstracto."
É tão bom podermos deambular nestes espaços.
"Se vale a pena fazer uma coisa de cada vez, vale a pena fazê-la várias vezes, experimentando e exigindo, pela sua repetição, que o público olhe para ela".
"O que me interessa é a expressão das básicas emoções humanas, a tragédia, o êxtase e o destino... Não sou um pintor abstracto."
O realizador Michelangelo Antonioni terá dito: Os meus filmes são como os seus quadros. Só falam de nada, mas com precisão.
Uma descoberta: Cildo Meireles e o neo-concretismo.
Um mundo sensorial de experiências.
É tão bom podermos deambular nestes espaços.
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