domingo, 7 de dezembro de 2008

Teatro da Cornucópia


Mais uma confirmação da excelente qualidade das peças que se vêem neste teatro. Desta vez fui ver Os Gigantes da Montanha, um extraordinário texto e não menos extraordinário trabalho de actores.
Uma encenação perfeita e uma óptima luz.
Uma reflexão extremamente actual sobre o destino da arte na sociedade em que vivemos.
De um lado, o grupo de marginais inocentes liderados pelo mágico poeta desempenhado, brilhantemente, por Luís Miguel Cintra. Do outro, a trupe da condessa, um grupo de actores que deambula de terra em terra à procura de público. A história começa quando os dois grupos se encontram no sopé da montanha .
"No fundo a peça retrata actores que chegam desiludidos e cansados a um local que está entre dois mundos, isto é, entre a vida e a morte, onde lhes seria possível desembaralharem-se do peso das suas consciências", explica a encenadora Christine Laurent.
Só que sobre a montanha paira a ameaça dos gigantes, que podem ser metaforicamente entendidos como o mercado dos bens culturais que ameaça engolir tudo e todos.

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