Conheci duas Argentinas ( digo 2 porque apenas consegui ir a BA e Patagónia) assim como nenhum país é um só. É a distância, e não só quilométrica, entre as grandes cidades e o resto. São mundos diferentes, com ritmos diferentes, com batimentos cardíacos diferentes.
A própria Patagónia não é uma só mas, em toda a sua extensão, o batimento é semelhante, a respiração é só uma. É a mãe Natureza, esplendorosa, imensa, poderosa, bela. É a montanha, é a cordilheira, é o mar, são os glaciares, são o grandes lagos, são as cascatas, é a estepe, é a floresta, é a fauna na sua fase mais ternurenta, é o silêncio e é o som. É o convite ao despojamento e contemplação.
Também BA não é uma só. É o tango/milonga, é a sofisticação, é a urbanidade, é o bairrismo, é a gastronomia (deliciosa), é a decadência, é o fervilhar de gente, é o prazer de uma bela esplanada e de uma boa conversa, são os paseaperros,é o permanente chamamento ao consumo, são as feiras de bairro, são os bairros típicos e os bairros alternativos, é o antigo e o moderno, é Europa e América. É o convite à deambulação despreocupada e à alegria de viver.
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