sábado, 31 de maio de 2008
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Bahok
Imperdível.
Dos espectáculos mais belos que já vi.
Bahok cruza diferentes géneros, experiências e olhares sobre a dança, proporcionando-nos uma experiência única. A combinação de elementos da dança moderna chinesa aliada às influências da dança clássica ocidental,numa coreografia de Akram Khan absolutamente extraordinária, com uma execução técnica e performativa a raiar a perfeição,potenciada pela banda sonora de Nitin Sawhney, tornaram este espectáculo uma experiencia inesquecível.
Faço minhas as palavras de um crítico inglês : "There are times when reviewers have to hold up their hands up say, fair enough guys, that was wonderful. Having seen the European Premier of Akram Khan and the National Ballet of China’s latest production, this reviewer’s one regret is that he couldn’t get a ticket for the second night due to the theatre being sold out for weeks beforehand.
Never is there a moment when what takes place is not captivating, as the central characters of the moment meld with those on the periphery of the action to stunning, breathtaking effect, with each nuance supported brilliantly Nitin Sawhney’s stunning score.
(...)the work looks at how people from different parts of the world relate to each other. Dramatised through a mixture of dialogue and dance, it is set in the departure lounge of a major airport and what ensues is a powerful and, at times, humorous unification of mind, body and spirit, sensationally illustrated through the grace and energy of the eight performers.
Whimsical without ever being fay and emotive without ever becoming patronising, Bahok unearths what the word ‘home’ truly means and is quite simply as close to perfect as anybody has a right to expect."
quinta-feira, 29 de maio de 2008
A Classe média encarcerada
Mas tal como Cavaco Silva, José Sócrates corre o risco de não compreender o que se está a passar, corre o risco de rejeitar a realidade.
Combustíveis mais caros, alimentação com preços em alta, o crédito da casa a pesar mais, o salário sem aumentar e o emprego, que hoje há, amanhã pode já não existir... É esta, infelizmente, a vida que actualmente enfrentam muitas famílias em Portugal, mas também noutros países europeus como em Espanha e França.
Na altura do protesto na ponte 25 de Abril, José Pacheco Pereira escreveu um texto notável descrevendo o terrível quotidiano de quem se deslocava diariamente, do outro lado do rio Tejo, para o trabalho. Estávamos a entrar na crise de 1993. E a ponte foi a gota de água que fez transbordar o copo.
A gota de água, hoje, pode ser a subida dos preços dos combustíveis ou um qualquer outro acontecimento.
É sempre um perigo comparar crises. O presente parece-nos sempre pior que o passado. Mas, mesmo assim, vale a pena arriscar e pensar no quotidiano que hoje enfrenta a classe média portuguesa. Um exercício fundamental para evitar erros que provoquem a explosão social que se está a arriscar e para a qual Mário Soares alertou.
Hoje, uma família de classe média - ainda mais até que em 1993 - vive nos subúrbios, em casas grandes, com pelo menos dois carros e tem de ter os filhos, pelo menos numa parte do tempo, numa escola privada.
Porque vive longe do trabalho, os transportes pesam no seu orçamento. Terá de comprar um dos mais caros passes sociais ou se trabalha sem horário de saída - como acontece frequentemente - tem de andar de carro. E os combustíveis estão cada vez mais caros.
Porque se deixou iludir, pela sensação de enriquecimento que lhe deu a rápida descida das taxas de juro e pelas sedutoras propostas dos bancos, comprou uma casa que hoje se revela demasiado cara. E deixou-se embalar na compra de bons carros - muitas vezes com reforço da hipoteca da casa - e no crédito para ir de férias ao Brasil ou à República Dominicana ou para outros consumos. Por tudo isto, e porque de repente as taxas de juro subiram, vê subir a sua factura com a casa e os carros.
De repente, a mesma família também descobre que pode ficar sem emprego, mesmo que trabalhe no Estado. Que se ficar desempregado o subsídio será mais curto. Que se ficar doente vai pagar mais pelos cuidados de saúde. Que corre o risco de ter uma pensão de reforma miserável se não começar a poupar... E quando está perante essa dura realidade, as taxas de juro continuam a subir, não consegue vender a casa cara para comprar outra mais barata, a água, luz e gás encarecem, a conta do supermercado aumenta e o preço dos combustíveis dispara.
É esta, hoje, a vida de muitas famílias da classe média, encarceradas em escollhas erradas, ditadas pela perspectiva de uma rápida prosperidade que afinal não chegou.
É esta realidade que o Governo tem de aceitar que existe. E é sobre esta complicada realidade que é preciso olhar. Para pensar no que é possível fazer para evitar o pior, a instabilidade social. Não é fácil.
in Jornal de Negócios
@foreingministry.pt
Claro que o problema não é de mais foreign ou menos ministry. O problema é de falta de @ na cabeça. É uma questão de @bomsenso.pt e de @bomgosto.qb de quanto baste."
terça-feira, 27 de maio de 2008
Primeira Sequenciação do Genoma de uma Mulher
Alkantara Festival
Confirmado esta sexta-feira no CCB.
Com muita vontade de ver coisas maravilhosas, speaking dance e pushed .
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Feira do Livro
INFERNO
FEIRA DO LIVRO
Assisti à polémica da Feira do Livro com a náusea que a coisa inspira. Antes de mais, uma confissão: a última vez que fui à Feira terá sido no século passado, ou seja, antes da Amazon me bater à porta e de atirar o meu gerente de conta para o divã. E então penso: como era possível viver sem a possibilidade cómoda de ler o que se publica em França, em Inglaterra, no Brasil ou nos EUA? Como alguém diria, éramos assim absurdos em 1997.
E continuamos absurdos: as livrarias tradicionais não se recomendam. Tirando as novidades, livros com dois ou três meses desaparecem para parte incerta. Os clássicos da língua não estão editados, ou estão mal editados - isto num país que discute acordos ortográficos! E algumas preciosidades esgotaram e não voltaram ao mundo dos vivos. Exemplos? Há meses que procuro as cartas de Séneca a Lucílio. Nada. A Gulbenkian promete reedição para breve. Andamos nisto há um ano.
E depois é a Feira propriamente dita: o ambiente é fúnebre. E piora quando os autores falam, ou assinam, com o entusiasmo próprio das tumbas. Restam os leitores - ou, para sermos rigorosos, os "leitorais sazonais". São como os estudantes universitários que só se lembram que o álcool existe quando chega a Queima das Fitas. Resultado: consomem muito e muito mal.
E a polémica? A polémica teria sentido se alguém estivesse interessado em enviar a Feira para o século XXI. Mas a Feira toda. Ninguém está. De um lado, os pequenos editores revisitam a conversa da ética igualitária: são pobres mas honrados, de preferência no interior das suas modestas "barracas" (o termo é todo um programa) e a marchar contra o "grande capital". Do outro lado, o "grande capital" pretende simplesmente exibir-se com a vulgaridade típica do novo-riquismo. Que saudades dos grandes cavalheiros que não só não discutiam dinheiro como nunca o ostentavam.
Mas esta é uma polémica sem cavalheiros. É uma luta entre o arcaísmo da APEL e a saloiíce da Leya. Uma feira, não de livros, mas de vaidades. Estão bem uns para os outros.
sábado, 24 de maio de 2008
Francis Poulenc
Quinta-feira, em substituição de Bartók,fomos brindados com o Concerto para 2 pianos de Francis Poulenc.
Brilhante!
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Manas Labèque
ORQUESTRA GULBENKIAN
LAWRENCE FOSTER (maestro)
KATIA & MARIELLE LABÈQUE (piano)
Béla Bartók
Concerto para dois Pianos, Percussão e Orquestra
Wolfgang Amadeus Mozart
Sinfonia Nº 36, em Dó maior, K.425, Linz
Concerto para dois pianos N.º 10, em Mi bemol maior, K.365
domingo, 18 de maio de 2008
Tosca
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Don Carlos, Infante de Espanha
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Arrebatador
Enfim temos a VIDA: arrebatadora.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Festival Pina Bausch
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Teatro Aberto
«A peça conta através do rock o fim ou a queda do comunismo. O rock para os jovens dos países socialistas significava liberdade», declarou à Lusa João Lourenço o encenador de «Rock'n'roll».
Um grupo de rock que surgiu em Praga em 1968, «The Plastic People of the Universe», acabará por tornar-se um símbolo da resistência ao comunismo. O grupo foi criado pouco depois da entrada dos tanques soviéticos, em Agosto de 1968, para esmagar o movimento de abertura política que ficaria conhecido como Primavera de Praga. Os músicos da banda não tinham actividade política, mas seriam alvo da repressão política que se viveu nos anos a seguir a esse esmagamento, o que estimulou os intelectuais do país a agir.
Estes acontecimentos que culminaram na Revolução de Veludo, depois da queda do Muro de Berlim, são recriados através dos personagens da peça de Tom Stoppard, um britânico que nasceu em 1937 na Checoslováquia, e das músicas que os acompanham.
As três personagens centrais são um professor de Cambridge (marxista), um aluno de Praga que ali estuda e a mulher do primeiro. O que vemos é em que medida as transformações políticas vão afectando a vida das personagens e mudando as suas rotina, e como cada personagem se adapta e os seus afectos e relações evoluem.