sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Dª Célia
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Paula Rego
"...para encontrarmos o nosso caminho para onde quer que seja, temos sempre de encontrar a nossa própria porta de entrada, tal qual a "Alice no País das Maravilhas". Paula Rego
Sei que a sua estética é violenta, rude, intensa. Mas, quando olho para seus quadros, com todos os seus fantasmas e sonhos, estes tornam-se histórias vivas e emocionantes. É como se as personagens despertassem e tudo estivese a acontecer ali, uma e outra vez.
'In her graphic work, as in her painting, Rego is a great storyteller who both persuasively and subversively seizes you at the first encounter, and then keeps a relentless grip on your mind and senses until she has finished her complex, infinitely subtle and reverberating tales.'
A construção da “Casa das Histórias e Desenhos Paula Rego”, um projecto do arquitecto Eduardo Souto de Moura, começou esta Segunda-feira em Cascais e prevê-se que esteja concluída até ao final do ano.
Vai ter como principal núcleo expositivo o importante acervo de pinturas e gravuras da autoria de Paula Rego e Victor Willing doado em Agosto de 2006 pela autora à Câmara Municipal de Cascais, entre outras peças elaboradas em suportes mais originais, no conjunto da obra da pintora, como a tapeçaria de grandes dimensões que tem por base a obra “Alcácer Quibir”, um dos raros trabalhos de Paula Rego que passou a suporte têxtil.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Natália Correia
a lógica é a ciência de gerir os rendimentos da estupidez;
os políticos não são inteiramente galinhas porque cacarejam e não põem ovos;
as pastas dos executivos levam dentro aranhas para urdirem as teias que nos imobilizam;
os militantes de todos os partidos têm pele de camisas enforcadas;
a família é um cardume de piranhas ao redor da carcaça de uma vaca sagrada;
a sociologia é uma completa falta de humor perante a decadência;
os gestores destilam um suor frio que nos constipa;
as nações içam as bandeiras para porem o falo a pino e masturbarem-se;
as esquerdas e as direitas resultam do pacto de não inverterem os papéis;
o socialismo é um estratagema para negar aos exploradores o direito ao desaparecimento;
o liberalismo é uma manha do Estado para forjar algemas com a liberdade;
os intelectuais são uma chatice com que o Criador não contava;
sendo a educação a providência dos imbecis que são em maior número,o mundo está imbecilizado pela educação;
o sistema é a creche da debilidade mental e a vala comum da inteligência;
a economia é adquirir-se o vício do fumo porque se comprou um isqueiro;
dos vencidos não reza a história porque se renderam à razão,
para concluir que:
chegou a hora romântica dos deuses nos pedirem a desobediência.
Faço-lhes a vontade.
A partir de hoje, se alguém me quiser encontrar, procure-me entre o riso e a paixão.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
And the Oscar didn´t go to...
O seu conflito com Eli Sunday, auto-nomeado pregador evangélico personifica o combate entre o “material” e o “espiritual” e o terrível papel do ódio como paradoxal e perturbante força criativa.
Daniel Day-Lewis, numa interpretação genial que, a ele sim, lhe valeu o Oscar, é literalmente invadido fisica e fisionomicamente pela personagem e pela sua obsessão. Daniel Day-Lewis interpreta Plainview como uma força telúrica, vital, mas com um défice fatal de humanidade. Ao som da banda sonora (excelente, aliás) de Jonny Greenwood (guitarrista dos Radiohead), Day-Lewis enche, assombra, monopoliza cada plano do filme. A sua tensão é a nossa tensão, numa osmose permanente de sensações e sentimentos.
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Impressing the Czar
Que bela e emocionante noite.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Realidade II
Para a estrutura, a "combinação" entre uma "comunicação social sensacionalista" e uma "Justiça ineficaz" traduz-se num "estado de suspeição generalizada sobre a classe política", que leva ao afastamento de "muitas pessoas sérias e competentes da política, empobrecendo-a".
Realidade I
Os salários portugueses não só se situam abaixo da maioria dos países comunitários como revelam a maior disparidade entre os rendimentos dos mais pobres e os dos mais ricos. Em Portugal, os 20% mais ricos recebem 6,8 vezes mais do que os 20% mais pobres. Este rácio de desigualdade, medido pelo Eurostat e relativo a 2006, é, à excepção da Letónia, o mais elevado entre todos os países da UE, onde a disparidade média é de 4,8.Os dados revelam ainda que a desigualdade na distribuição dos rendimentos não melhorou nada em relação há dez anos (em 1998 o rácio era o mesmo), tendo mesmo piorado se tivermos em conta o período compreendido entre 1999 e 2001.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Dar Sangue
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Palavras sábias
Ribeiro Teles, arquitecto paisagista, "Correio da Manhã", 19 de Fevereiro de 2008
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Estou a pensar no assunto
domingo, 17 de fevereiro de 2008
The Words and the Days
Quinteto Enrico Rava
Enrico Rava / Trompete
Gianluca Petrella / Trombone
Andrea Pozza / Piano
Rosario Bonaccorso / Contrabaixo
João Lobo / Bateria
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Prada Trembled Blossoms Spring Summer 2008.
Miuccia Prada resolveu fazer um filme de animação com base no estampado (muito arte nova) da sua última colecção. Absolutamente delicioso.
Falando em Prada
A teoria da relatividade no colesterol
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
E depois do Adeus
Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós
The Blower's Daughter
and so it is
just like you said it would be
life goes easy on me
most of the time
and so it is
the shorter story
no love no glory
no hero in her skies
i can't take my eyes off of you
and so it is
just like you said it should be
we'll both forget the breeze
most of the time
and so it is
the colder water
the blower's daughter
the pupil in denial
i can't take my eyes off of you
did I say that I loathe you?
did I say that I want to
leave it all behind?
i can't take my mind off of you
my mind
'til I find somebody new
Robbers steal $160m in art from Zurich
É já considerado um dos maiores roubos de arte na Europa
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Insegurança
Qual a tua cor?
You are deeply emotional and very connected to everything (and everyone) around you.By simply understanding other people, you are able to help them heal and let go.While you are a very deep and thoughtful person, you do have a very silly, superficial side.
When you are too blue: the weight of the world's problems hangs over you
When you don't have enough blue: you lack perspective and understanding
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Retrato triste, muito triste, do País
Não há discurso optimista que apague a triste realidade de um país cada vez mais semelhante, no pior, a uma qualquer "Venezuela".
A chamada telefónica entre o INEM e os Bombeiros de Favaios, que veio a público esta semana, pode ter um efeito muito positivo no sistema de saúde português. Duvido que aqueles idiotas que se divertem a fazer chamadas falsas para o número de emergência voltem a tentar a gracinha. Aquele telefonema mostrou que há gente que consegue fazer chamadas muito mais engraçadas – e nem sequer estavam a tentar ter piada. Se tiverem vergonha, os adeptos das brincadeiras de mau gosto nunca mais farão um telefonema para o 112. Vamos todos poupar tempo.
Quanto ao telefonema propriamente dito, tenho um reparo a fazer: julgo que é urgente que as urgências passem a ser urgentes. Não sei se faz sentido, mas é uma convicção minha. É certo que o sinistrado, aparentemente, já estava morto, mas se todas as comunicações urgentes forem feitas com a mesma calma, quando a ajuda chegar ao local encontrará sempre o sinistrado morto, nem que seja de velhice. Conheço gente em Favaios que, à cautela, vai começar a ligar para o número de emergência em Março, a ver se os bombeiros aparecem a tempo dos incêndios, no Verão.
Por outro lado, há que reconhecer as dificuldades por que passam aqueles profissionais. Uma pessoa ouve o telefonema e fica sem saber qual das vítimas precisa de ser acudida mais rapidamente. A verdade é que há ali demasiadas vítimas. Só naquela chamada, eu contei três. O morto propriamente dito, a senhora do INEM, e o bombeiro de Favaios. O morto, coitado, é a vítima mais evidente, mas talvez não a maior. A senhora do INEM também sofre, e ninguém pode duvidar de que estamos na presença de uma vítima quando é ela mesma quem repete «Estou lixada», ao longo do telefonema. Quanto ao bombeiro, basta ouvir-lhe a voz para perceber que se trata de um desgraçado. Talvez não haja vítima maior que ele, nesta história. Está sozinho e querem obrigá-lo a ir buscar um morto, a meio da noite, a um sítio chamado Castedo. «Então agora o que é que eu faço?», pergunta o pobre. «Quem é que eu vou chamar agora?» O defunto faleceu e a senhora do INEM, a fazer fé no seu próprio testemunho, lixou-se. São factos. Mas angústia a sério sofreu o bombeiro. Se houvesse bom senso, a senhora do INEM tinha chamado os bombeiros de Alijó para irem salvar o bombeiro de Favaios. Mas o mais provável é que eles também não tivessem meios para isso.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
E, por falar em Padre António Vieira...
Padre António Vieira
Ao longo da sua longa vida (1608-1697), repartida entre Portugal e o Brasil, com passagens por França, Holanda, Inglaterra e Itália, sempre este Jesuíta se assumiu como Actor no grande teatro do mundo, desdobrando-se em desempenhos tão fascinantes pela diversidade como pela genialidade da representação. Religioso, Escritor, Diplomata, Pregador, Teólogo, Profeta…, conheceu o triunfo e os aplausos, mas também o insucesso, a censura, o descrédito, a que quis e soube resistir.
Nele impressiona uma imensa energia, manifestada na acção e no discurso, aliás indissociáveis: para Vieira, dizer é fazer. A sua extensa e variada obra, reflectindo a sua extensa e variada vida, molda uma imagem viva do autor.
«Terrível palavra é um non. Não tem direito nem avesso: por qualquer lado que o tomeis, sempre soa e diz o mesmo» – afirmou, no Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma. Um non, um não (acrescentava), «Mata a esperança, que é o último remédio que deixou a natureza a todos os males».
Li ontem
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Foundation E. G. Bührle Collection
The Dinner
Claude Monet
The Italian Girl
Pablo Picasso