sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Dª Célia

Em 1972/1973, por indicação do meu ortopedista, a minha vida mudou e descobri a minha primeira paixão: a dança ( a importância que um ortopedista pode ter na vida de uma pessoa!). Não sei exactamente como fui dar especificamente à Escola de Ballet Clássico Espanhol Célia Neves no Centro Espanhol, mas o que é facto é que foi lá que, com Dª Célia como professora, me iniciei no ballet clássico, flamenco e danças populares espanholas. Nessa altura ainda era o seu marido - major José Neves- que acompanhava as aulas ao piano. Mais tarde as aulas passaram para a casa da Juventude da Galiza, na Rua da Madalena.
Foram anos extraordinários e muito felizes. Dª Célia não era "pêra doce" e quando o seu mau génio vinha ao de cima era melhor não estar perto. Mas era um aprofessora extraordináriaFoi com Dª Célia, e com os seus espectáculos, que pisei pela primeira vez o palco, primeiro no Monumental (o original!) e depois no Maria Matos. Era tanta a emoção. A maquilhagem , os penteados, os fatos. Ah, os fatos! Desenhados pela própria Dª Célia eram o stress das mães não só para arranjarem tanto tule, veludo, rendas, lantejoulas, cetins, mas também quem os executasse. Já para não falar do orçamento, que não era brincadeira.
Não sei porquê mas hoje lembrei-me dela. Obrigada Dª Célia.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Paula Rego

Há quase 20 anos tive oportunidade de adquirir esta gravura da Paula Rego, de quem sou fã desde a primeira vez que vi os seus quadros a pastel.
Children and their stories
Para mim foi, na altura, um esforço financeiro razoável mas, o prazer que me dá é "priceless".

"...para encontrarmos o nosso caminho para onde quer que seja, temos sempre de encontrar a nossa própria porta de entrada, tal qual a "Alice no País das Maravilhas". Paula Rego

Sei que a sua estética é violenta, rude, intensa. Mas, quando olho para seus quadros, com todos os seus fantasmas e sonhos, estes tornam-se histórias vivas e emocionantes. É como se as personagens despertassem e tudo estivese a acontecer ali, uma e outra vez.

'In her graphic work, as in her painting, Rego is a great storyteller who both persuasively and subversively seizes you at the first encounter, and then keeps a relentless grip on your mind and senses until she has finished her complex, infinitely subtle and reverberating tales.'

A construção da “Casa das Histórias e Desenhos Paula Rego”, um projecto do arquitecto Eduardo Souto de Moura, começou esta Segunda-feira em Cascais e prevê-se que esteja concluída até ao final do ano.


Vai ter como principal núcleo expositivo o importante acervo de pinturas e gravuras da autoria de Paula Rego e Victor Willing doado em Agosto de 2006 pela autora à Câmara Municipal de Cascais, entre outras peças elaboradas em suportes mais originais, no conjunto da obra da pintora, como a tapeçaria de grandes dimensões que tem por base a obra “Alcácer Quibir”, um dos raros trabalhos de Paula Rego que passou a suporte têxtil.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Natália Correia

Foi-me preciso descobrir que:

a lógica é a ciência de gerir os rendimentos da estupidez;

os políticos não são inteiramente galinhas porque cacarejam e não põem ovos;

as pastas dos executivos levam dentro aranhas para urdirem as teias que nos imobilizam;

os militantes de todos os partidos têm pele de camisas enforcadas;

a família é um cardume de piranhas ao redor da carcaça de uma vaca sagrada;

a sociologia é uma completa falta de humor perante a decadência;

os gestores destilam um suor frio que nos constipa;

as nações içam as bandeiras para porem o falo a pino e masturbarem-se;

as esquerdas e as direitas resultam do pacto de não inverterem os papéis;

o socialismo é um estratagema para negar aos exploradores o direito ao desaparecimento;

o liberalismo é uma manha do Estado para forjar algemas com a liberdade;

os intelectuais são uma chatice com que o Criador não contava;

sendo a educação a providência dos imbecis que são em maior número,o mundo está imbecilizado pela educação;

o sistema é a creche da debilidade mental e a vala comum da inteligência;

a economia é adquirir-se o vício do fumo porque se comprou um isqueiro;

dos vencidos não reza a história porque se renderam à razão,

para concluir que:

chegou a hora romântica dos deuses nos pedirem a desobediência.

Faço-lhes a vontade.

A partir de hoje, se alguém me quiser encontrar, procure-me entre o riso e a paixão.

1983

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

And the Oscar didn´t go to...


«Haverá Sangue» («There Will Be Blood») conta a história de Daniel Plainview, um explorador de petróleo do começo do século XX,um herói maldito e o centro de gravidade, a força motriz e o buraco negro do filme, uma personagem tão fascinante como repugnante, capaz de afecto genuíno pelo filho ao mesmo tempo que expressa o seu absoluto desprezo pela humanidade: "Odeio a maioria dos homens. Só quero ser rico o suficiente para não ter nada a ver com eles”.

O seu conflito com Eli Sunday, auto-nomeado pregador evangélico personifica o combate entre o “material” e o “espiritual” e o terrível papel do ódio como paradoxal e perturbante força criativa.

Daniel Day-Lewis, numa interpretação genial que, a ele sim, lhe valeu o Oscar, é literalmente invadido fisica e fisionomicamente pela personagem e pela sua obsessão. Daniel Day-Lewis interpreta Plainview como uma força telúrica, vital, mas com um défice fatal de humanidade. Ao som da banda sonora (excelente, aliás) de Jonny Greenwood (guitarrista dos Radiohead), Day-Lewis enche, assombra, monopoliza cada plano do filme. A sua tensão é a nossa tensão, numa osmose permanente de sensações e sentimentos.

«Haverá Sangue» já foi definido como um filme sobre o papel primeiro construtivo, e depois destruidor, das forças do dinheiro e da religião na Califórnia. Mas Paul Thomas Anderson sugere que essas forças já nasceram tortas devido às falhas morais daqueles que as personificam, e que tudo aquilo que originarão - negócios, comunidades, igrejas, uma mentalidade, uma economia - estará manchado desde a primeira hora.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Impressing the Czar

Royal Ballet of Flandres
Coreografia William Forsythe

Que bela e emocionante noite.

Na primeira parte, Potemkins undterschrift, passa-se em revista toda a história da arte e do bailado clássico, desde a renascença até aos dias de hoje. Tendo sido, para mim, a parte mais difícil, até pelas imensas referência que contém, brindou-nos logo com a fantástica técnica e virtuosismo e talento dos bailarinos.
Logo a seguir, o vertiginoso, requintado, fabuloso, genial In the middle of somewhat elevated. Acho, que por momentos, parei de respirar, como se a cadência da respiração pudesse, de alguma forma, perturbar aquele momento de elevação. Perfeito, perfeito, perfeito.


Depois vem o burlesco da venda em leilão, no La maison de mezzo-prezzo, e o final, genial, de um humor extraordinário, interpretado por rapazes e raparigas em fardas escolares de saias plissadas, em Bongo bongo nageel, uma dança atávica e agressiva, absolutamente entusiasmante, rematada pelo Mr Pnut goes to the big top.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

E Viva o Romantismo

Realidade II

Em Portugal está a verificar-se uma "tentacular expansão da influência partidária na ocupação do Estado e na articulação com interesses da economia privada", alertou a Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES) num comunicado emitido ontem.
A organização considera que se "sente hoje na sociedade portuguesa um mal-estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional" e que irá emergir mais cedo ou mais tarde numa "crise social de contornos difíceis de prever".
Esse mal-estar deve-se a "sinais de degradação da qualidade cívica", como a "degradação da confiança dos cidadãos nos representantes partidários", a "combinação de alguma comunicação social sensacionalista com uma Justiça ineficaz" e o aumento da "criminalidade violenta" e do "sentimento de insegurança entre os cidadãos", referem.
Para a estrutura, a "combinação" entre uma "comunicação social sensacionalista" e uma "Justiça ineficaz" traduz-se num "estado de suspeição generalizada sobre a classe política", que leva ao afastamento de "muitas pessoas sérias e competentes da política, empobrecendo-a".

Realidade I

As próximas eleições legislativas (2009) "estão aí" e as notícias sobre este cantinho à beira mar plantado teimam em não ser coincidentes (que maçada!) com o discurso que o nosso PM nos quer vender (justiça lhe seja feita, que as teorias de marketing e liderança estão todas lá).

Li no DN que Portugal era em 2006 o segundo país dos 27 que hoje fazem parte da União Europeia com maior nível de desigualdade na distribuição do rendimento.
Os salários portugueses não só se situam abaixo da maioria dos países comunitários como revelam a maior disparidade entre os rendimentos dos mais pobres e os dos mais ricos. Em Portugal, os 20% mais ricos recebem 6,8 vezes mais do que os 20% mais pobres. Este rácio de desigualdade, medido pelo Eurostat e relativo a 2006, é, à excepção da Letónia, o mais elevado entre todos os países da UE, onde a disparidade média é de 4,8.Os dados revelam ainda que a desigualdade na distribuição dos rendimentos não melhorou nada em relação há dez anos (em 1998 o rácio era o mesmo), tendo mesmo piorado se tivermos em conta o período compreendido entre 1999 e 2001.

Uma média que esconde várias desigualdades sociais. Em primeiro lugar, existe uma marcada distinção de género, que faz com que os homens recebam, em média, mais 130 euros do que as mulheres. Mas também em função da escolaridade: enquanto o salário médio não vai além dos 600 euros para os que só têm o ensino básico, ele cresce para os cerca de 1350 quando o trabalhador é licenciado. Já os gestores de topo recebem, em média, 4851 euros, de acordo com um estudo recente da consultora Watson Wyatt. Números que revelam que a principal origem das desigualdades sociais está na educação. Algo que é particularmente evidente em Portugal, uma vez que mais de 60% da população empregada não concluiu o ensino secundário.

Mas, e ainda no que diz respeito às eleiçoes em 2009, o grande dilema que se me coloca está, mais do que nunca, bem ilustrado nesta tira do genial Quino


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Dar Sangue


As reservas de sangue no País estão 30% abaixo do nível ideal, ou seja, atingem dois ou três dias em alguns tipos de sangue, quando a margem de segurança é de sete dias. A carência está sobretudo ao nível do tipo 0 positivo, com apenas dois dias de margem, e dos grupos A positivo e B negativo, capazes de responder ao consumo de três dias, segundo a procura de 2007.

O IPS, que é actualmente responsável pela colheita de 60% do sangue em Portugal, admite alguma preocupação perante os actuais níveis da reserva, mas frisa que não está ninguém em perigo por falta de sangue. O presidente do instituto deu o exemplo das pessoas do grupo 0 negativo (que só podem receber esse tipo de sangue), para as quais há uma reserva para cinco dias no instituto.
O instituto continua a apelar à dádiva. À partida, qualquer pessoa pode dar sangue, dos 18 aos 65 anos. Mas a primeira dádiva não deve ser feita depois dos 60 anos. Pessoas submetidas a cirurgias ou que tenham feito tatuagens, por exemplo, têm de passar por um período de quarentena. A recolha é feita a par com uma entrevista confidencial e os lotes colhidos seguem procedimentos de gestão e de avaliação da segurança. Actualmente, há 272 502 portugueses na lista de dadores, o triplo dos que havia em 96.

O Famoso Sr. Ninguém

in DN


terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Palavras para quê?


Palavras sábias

"A culpa é toda da acção humana. Intempéries sempre houve. A culpa é da total inexistência de planeamento urbano."

Ribeiro Teles, arquitecto paisagista, "Correio da Manhã", 19 de Fevereiro de 2008

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Estou a pensar no assunto

LPG são as iniciais de Louis Paul Guitay,
o inventor da Endermologie LPG (e que ainda hoje se mantém à frente dos destinos da empresa que criou para divulgar o método). Nos anos 70, Louis Paul Guitay teve um acidente de mota que deixou o lado esquerdo do seu corpo em muito mau estado. Foram-lhe prescritas sessões de massagens diárias para tentar restaurar as funções musculares e resolver o problema das cicatrizes. As massagens, manuais, demoravam três, quatro horas por sessão com resultados problemáticos. Foi então que LPG inventou um método mecânico, menos moroso e mais eficaz. Usado inicialmente para tratar queimaduras e cicatrizes, rapidamente se provou que também era eficaz no tratamento da celulite e das gorduras localizadas. Uma década depois do acidente de Louis Paul Guitay, o LPG estendia-se ao mundo da estética.
A Endermologia LPG é é uma técnica de manobras mecânicas que actua na optimização tecidular, nomeadamente ao nível das células adiposas da epiderme. É utilizado um aparelho motorizado com dois rolos ajustáveis e com uma sucção controlada que forma uma espécie de prega nos tecidos alisando-os de seguida. Funciona segundo o princípio de "enrolar/desenrolar". Este método permite uma estimulação/irrigação totalmente nova do tecido conjuntivo, originando uma mobilização do tecido mais profundo à medida que a viscosidade da camada subcutânea de gordura diminui. A circulação sanguínea e a drenagem linfática aumentam facilitando a eliminação de resíduos metabólicos em excesso, e ao mesmo tempo melhorando o funcionamento em geral. É um tratamento não cirúrgico, não invasivo e indolor (nunca deve ser doloroso) que provoca uma sensação de relaxamento e bem-estar geral.

Hoje o dia "acordou" assim




domingo, 17 de fevereiro de 2008

The Words and the Days

Há acasos felizes. Por acaso estava a ouvir a Europa Lisboa, por acaso estava a dar uma uma entrevista com Enrico Rava que, por acaso actuava no CCB com o seu quinteto. No final havia fizeram uma pergunta. Quem soubesse a resposta habilitava-se a um bilhete duplo para o concerto. Por acaso eu sabia a resposta e por acaso ganhei. Feliz conjugação de acasos.

Quinteto Enrico Rava

Enrico Rava / Trompete

Gianluca Petrella / Trombone

Andrea Pozza / Piano

Rosario Bonaccorso / Contrabaixo

João Lobo / Bateria

Não conhecia o que ia ouvir e portanto não tinha nenhuma expectativa em particular.

Foi absolutamente fantástico, deliciosamente prazeroso (em Portugal não se usa este termo mas acho que reflecte na perfeição o que eu senti ontem pelo que o vou pedir emprestado ao Brasil) ."Descobri", em particular, dois instrumentos: o trompete, tocado magistralmente pelo próprio Enrico, e o trombone, tocado arrebatadoramente por Gianluca Petrella, numa performace e sonoridade de tirar, literalmente, a respiração. Foi uma noite memorável que me abriu mais um caminho de descoberta. É tão bom saber que há ainda muita coisa boa para conhecer.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Prada Trembled Blossoms Spring Summer 2008.

Miuccia Prada resolveu fazer um filme de animação com base no estampado (muito arte nova) da sua última colecção. Absolutamente delicioso.

Falando em Prada

O que aparece nos desfiles da Prada é sempre copiado até à exaustão e até quem não sabe o que é Prada vai usar “prada” nos próximos meses. Quem tem dúvidas que esses decotes recortados no colo, as fadinhas, os xadrezes e os tricots vão aparecer nas Zaras e afins daqui a pouco?
Eu nem sou adepta fervorosa da marca mas não há como negar a sua influência no "what to wear".




O meu perfume

Há três anos descobri este perfume PRADA nunca mais quis outra coisa.

A teoria da relatividade no colesterol


É do conhecimento geral que há o "bom" e "mau" colesterol sendo este último um factor de risco para as doenças cardiovasculares. Mas, como em tudo na vida, não há verdades absolutas; até nisto do colesterol não há só preto e branco.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

E depois do Adeus

Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

The Blower's Daughter

and so it is
just like you said it would be
life goes easy on me
most of the time
and so it is
the shorter story
no love no glory
no hero in her skies
i can't take my eyes off of you
and so it is
just like you said it should be
we'll both forget the breeze
most of the time
and so it is
the colder water
the blower's daughter
the pupil in denial
i can't take my eyes off of you
did I say that I loathe you?
did I say that I want to
leave it all behind?
i can't take my mind off of you
my mind
'til I find somebody new

Sapatos

O modelito da que vi em Zurique ainda não está disponível em Portugal :(




Robbers steal $160m in art from Zurich

Mencionei aqui a semana passada a minha visita à excelente colecção privada de arte Impressionista e pós-Impressionismo de E. G. Buehrle, em Zurique.
Eis que sou surpreendida com o roubo, exactamente uma semana depois de lá ter estado, de quatro quadros de Cézanne, Degas, van Gogh e Monet no valor de $163.2 milhões.
É já considerado um dos maiores roubos de arte na Europa

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Insegurança

O antigo comandante do corpo de intervenção da PSP alerta para a incapacidadedas forças de segurança responderem à criminalidade violenta e organizada que existe no país dado que, na sua opinião, a organização desta polícia, e também da GNR, está totalmente ultrapassada, viciada e não pode dar resposta convincente perante a criminalidade actual.
Independentemente do tipo de ameaça à segurança interna os seus autores conhecem o grau de prontidão das forças policiais o que lhes permite delinear planos de operação idênticos à guerra de guerrilha!

E ainda nos querem convencer que não há motivos de preocupação, baseando-se nas estatísticas ( tão amadas e veneradas pelos nosso governo) que revelam que a criminalidade global baixou 1% em relação a 2006. Convém, no entanto, não esquecer que nos crimes da competência da PJ, onde se inclui a criminalidade mais violenta, apresentou um crescimento de 30,5%!

Qual a tua cor?


Your Psyche is Blue


You are deeply emotional and very connected to everything (and everyone) around you.By simply understanding other people, you are able to help them heal and let go.While you are a very deep and thoughtful person, you do have a very silly, superficial side.

When you are too blue: the weight of the world's problems hangs over you

When you don't have enough blue: you lack perspective and understanding

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Mas, porque não convém perder o sentido de humor...

in DN

Retrato triste, muito triste, do País

Não resisto a transcrever o RAP a propósito do inenarrável telefonema INEM-Bombeiros de Favaios e Alijó.
Não há discurso optimista que apague a triste realidade de um país cada vez mais semelhante, no pior, a uma qualquer "Venezuela".

Conheço gente em Favaios que, à cautela, vai começar a ligar para o número de emergência em Março, a ver se os bombeiros aparecem a tempo dos incêndios, no Verão
A chamada telefónica entre o INEM e os Bombeiros de Favaios, que veio a público esta semana, pode ter um efeito muito positivo no sistema de saúde português. Duvido que aqueles idiotas que se divertem a fazer chamadas falsas para o número de emergência voltem a tentar a gracinha. Aquele telefonema mostrou que há gente que consegue fazer chamadas muito mais engraçadas – e nem sequer estavam a tentar ter piada. Se tiverem vergonha, os adeptos das brincadeiras de mau gosto nunca mais farão um telefonema para o 112. Vamos todos poupar tempo.
Quanto ao telefonema propriamente dito, tenho um reparo a fazer: julgo que é urgente que as urgências passem a ser urgentes. Não sei se faz sentido, mas é uma convicção minha. É certo que o sinistrado, aparentemente, já estava morto, mas se todas as comunicações urgentes forem feitas com a mesma calma, quando a ajuda chegar ao local encontrará sempre o sinistrado morto, nem que seja de velhice. Conheço gente em Favaios que, à cautela, vai começar a ligar para o número de emergência em Março, a ver se os bombeiros aparecem a tempo dos incêndios, no Verão.
Por outro lado, há que reconhecer as dificuldades por que passam aqueles profissionais. Uma pessoa ouve o telefonema e fica sem saber qual das vítimas precisa de ser acudida mais rapidamente. A verdade é que há ali demasiadas vítimas. Só naquela chamada, eu contei três. O morto propriamente dito, a senhora do INEM, e o bombeiro de Favaios. O morto, coitado, é a vítima mais evidente, mas talvez não a maior. A senhora do INEM também sofre, e ninguém pode duvidar de que estamos na presença de uma vítima quando é ela mesma quem repete «Estou lixada», ao longo do telefonema. Quanto ao bombeiro, basta ouvir-lhe a voz para perceber que se trata de um desgraçado. Talvez não haja vítima maior que ele, nesta história. Está sozinho e querem obrigá-lo a ir buscar um morto, a meio da noite, a um sítio chamado Castedo. «Então agora o que é que eu faço?», pergunta o pobre. «Quem é que eu vou chamar agora?» O defunto faleceu e a senhora do INEM, a fazer fé no seu próprio testemunho, lixou-se. São factos. Mas angústia a sério sofreu o bombeiro. Se houvesse bom senso, a senhora do INEM tinha chamado os bombeiros de Alijó para irem salvar o bombeiro de Favaios. Mas o mais provável é que eles também não tivessem meios para isso.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

E, por falar em Padre António Vieira...

Lembranças do Liceu PAV, onde passei 5 decisivos e intensos anos da minha vida. Professores que me marcaram e influenciaram o percurso que depois segui, paixões eternas, desilusões de amor, amigos para sempre, uma vida inteira à espera.

Padre António Vieira

O ano de 2008, em que passam quatrocentos anos sobre o nascimento do Padre António Vieira, S.I., será ano vieirino; ano de evocação da vida e da obra de uma figura ímpar da Cultura Portuguesa e Brasileira; ano de celebração de um homem de todos os tempos.
Ao longo da sua longa vida (1608-1697), repartida entre Portugal e o Brasil, com passagens por França, Holanda, Inglaterra e Itália, sempre este Jesuíta se assumiu como Actor no grande teatro do mundo, desdobrando-se em desempenhos tão fascinantes pela diversidade como pela genialidade da representação. Religioso, Escritor, Diplomata, Pregador, Teólogo, Profeta…, conheceu o triunfo e os aplausos, mas também o insucesso, a censura, o descrédito, a que quis e soube resistir.
Nele impressiona uma imensa energia, manifestada na acção e no discurso, aliás indissociáveis: para Vieira, dizer é fazer. A sua extensa e variada obra, reflectindo a sua extensa e variada vida, molda uma imagem viva do autor.
Hoje, ler Vieira não é apenas entrar no grande teatro do mundo barroco: é descobrir, com maravilha, o infinito universo da palavra, prodígios, subtilezas e meandros da língua.
«Terrível palavra é um non. Não tem direito nem avesso: por qualquer lado que o tomeis, sempre soa e diz o mesmo» – afirmou, no Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma. Um non, um não (acrescentava), «Mata a esperança, que é o último remédio que deixou a natureza a todos os males».
Foi outro grande dignitário da Língua Portuguesa, Fernando Pessoa, que apelidou o Padre António Vieira de “Imperador da Língua Portuguesa”, com a dupla autoridade que lhe assistia: a de um dos maiores cultores da nossa língua, e a de uma cosmovisão multiforme, tanto da condição humana, como da cultura portuguesa.

Li ontem

"...o tempo e o espaço são irmãos gémeos do destino, (...) o tempo é que faz a singularidade de um lugar."

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

E a neve?

Foundation E. G. Bührle Collection

Visita à colecção de E. G. Bührle (1890 - 1956), um industrial milionário que construiu uma das mais impressionantes colecções privadas de arte europeia.





The Dinner

Claude Monet



The Italian Girl

Pablo Picasso

Zürich

Finalmente! Um fim-de-semana revigorante, relaxante, destressante (se é que a palavra existe). Para além disso, gastronomicamente apetitoso (só a título de exemplo) e, last but not least, em excelente companhia. Obrigada T e JP.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Aya

É sempre com enorme prazer que volto a este japonês. Uma delícia.