Em 1972/1973, por indicação do meu ortopedista, a minha vida mudou e descobri a minha primeira paixão: a dança ( a importância que um ortopedista pode ter na vida de uma pessoa!). Não sei exactamente como fui dar especificamente à Escola de Ballet Clássico Espanhol Célia Neves no Centro Espanhol, mas o que é facto é que foi lá que, com Dª Célia como professora, me iniciei no ballet clássico, flamenco e danças populares espanholas. Nessa altura ainda era o seu marido - major José Neves- que acompanhava as aulas ao piano. Mais tarde as aulas passaram para a casa da Juventude da Galiza, na Rua da Madalena.
Foram anos extraordinários e muito felizes. Dª Célia não era "pêra doce" e quando o seu mau génio vinha ao de cima era melhor não estar perto. Mas era um aprofessora extraordináriaFoi com Dª Célia, e com os seus espectáculos, que pisei pela primeira vez o palco, primeiro no Monumental (o original!) e depois no Maria Matos. Era tanta a emoção. A maquilhagem , os penteados, os fatos. Ah, os fatos! Desenhados pela própria Dª Célia eram o stress das mães não só para arranjarem tanto tule, veludo, rendas, lantejoulas, cetins, mas também quem os executasse. Já para não falar do orçamento, que não era brincadeira.
Não sei porquê mas hoje lembrei-me dela. Obrigada Dª Célia.
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