domingo, 31 de maio de 2009

Momento de reflexão

Acabei de ler esta frase extraordinária, de autoria da Natália Correia, num post igualmente extraordinário e não resisti a transcrevê-la pela verdade que nela vejo

Onde vos retiver a beleza de um lugar, há sempre um Deus que vos indica o caminho do espírito
Pena é que nos esqueçamos muitas vezes da beleza do lugar que nós podemos ser e por isso nem sempre encontremos o caminho.

Quatro Coreógrafos

Depois de um dia de Verão fabuloso a preparação para um boa noite de ballet pela CNB no Tetaro Camões:

Sempre tive muita dificuldade com as coreografias da Olga Roriz e mais, uma vez, confirmei essa minha opinião. Chato, muito chato. Bem sei que a coreografia já é de 1990 mas...

À Flor da pele, a segunda coreografia, de Rui Lopes Graça, também muito boring com aqueles movimentos típicos de quem quer parecer moderno. Os 4 bailarinos eram excelentes mas a coreografia provocou-me alguns bocejos.

Aqui, ao 2º intervalo, já me questionava sobre o que se seguiria pois, para além da decepção provocada pelso 2 primeiros bailados, o calor na sala era insuportável, o ar estava a tornar-se irrespirável. Será que não há um ar condicionado, uma ventoinha, um leque?

Eis que vem Fauno e aqui começou a valer a pena. Um par de bailarinos extraordinários, com uma coreogafia exigente e intensa a apoioar-se na base clássica e originando movimentos muito belos. Começou a valer a pena.

E, finalmentecom Strokes through the tail tudo fez sentido. Ao som da Sinfonia No. 4 de Mozart, os bailarinos oferecem-nos uma combinaçao perfeita de virtuosismo com um toque de humor delicioso.

O misterioso título desta coreografia deve-se ao facto de Marguerite Donlon ter lido, num prefácio numa das edições da Sinfonia nº 40 em sol menor KV 550 para piano de Mozart, que este compositor imprimia traços (strokes), com a sua pena, sobre as notas musicais da partitura manuscrita, para indicar a forma particular de as interpretar. Esses traços cruzavam, em alguns pontos, as hastes (tails) da oitava e décima sexta notas.

A palavra tail em inglês refere-se igualmente à parte de trás de uma casaca (tailcoat) que nesta coreografia assume um papel da maior importância. Munindo-se de casaca e tutu, Marguerite Donlon demonstra o modo como facilmente ligamos objectos indefesos com o conceito tipicamente masculino ou tipicamente feminino. Ou melhor, como rapidamente apreendemos um objecto como inadequado quando utilizado fora do seu contexto habitual. Contudo, Strokes Through The Tail demonstra-nos que um homem em tronco nu, vestindo um tutu, pode tornar-se não só verdadeiramente cómico, como também marcadamente sensual. O mesmo se aplica no caso da mulher vestida de casaca.

Enfim, após um início nada auspicioso a noite acabou em beleza e, à saída, já fora do teatro, uma noite de Verão a desafiar-nos a continuar na onda...

sexta-feira, 29 de maio de 2009

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Palavras para quê

Uma embaixada portuguesa num país da América do Sul. Um investigador que precisa de um visto para vir a um congresso em Portugal. A embaixada diz que não pode emitir os selo do visto e que só em Julho será possível.
Motivo (off the record): A embaixada tem duas impressoras. Uma avariou há já algum tempo mas, como havia outra, ninguém se preocupou em mandar arranjar. Agora avariou a 2ª. Está tudo dito.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Séries

Copiando a ideia de um post que li noutro blog eis as as séries da minha vida (as que instantaneamente me vêem à memória):

Os pequenos vagabundos
Cresci com eles.Vivi as suas aventuras.“Sofri” de amor pelo cowboy. Terá sido, provavelmente,a minha 1ª paixão televisiva.
A música do genérico é absolutamente inesquecível


A família Bellamy
Outra série com a qual cresci.



Reviver o passado em Brideshead
Experiência arrebatadora e emocionalmente marcante. "Paixão eterna” por Jeremy Irons



A balada de Hill street
Outra balada memorável. Acho que também tive uma paixoneta pelo Capitão Frank Furillo


Fama
Para quem adora dançar não é possível esquecer


Tudo em famíla
De ir às lágrimas, inesquecível a personagem de Archie e mulher. Genial.

Alô Alô
Igualmente de ir às lágrimas e igualmente genial

18-27 de Junho


domingo, 24 de maio de 2009

Sou cada vez mais fã de

Pedro Mexia
Estou a ler o delicioso livro de crónicas

Desejo

Também quero uma licença sabática!!!!!!!

Frustração

Depois do estímulo de ontem ainda tentei bilhetes para o recital de Kuchipudi* hoje à tarde mas estava esgotadíssimo :(
Fiquei um bocadinho triste.

*O Kuchipudi é uma dança clássica indiana que surgiu no século XV na vila Kuchelapuram, no estado de Andhra Pradesh, no sul da Índia. Como todos os estilos de dança indiana, o Kuchipudi tem as suas raízes no Natya Shastra, tratado de arte dramática com mais de 2000 anos que estabelece uma codificação muito precisa para a dança, a música e o teatro. No entanto, o Kuchipudi recebeu também influências de espectáculos populares e religiosos, combinando assim um estilo rigorosamente clássico e ao mesmo tempo extremamente vivo, fluido e ondulante. No Kuchipudi, habitualmente acompanhado por canto, percussões, flauta e vina (instrumento de cordas indiano), a dança, a música e o ritmo são desenvolvidos de forma indissociável e é esta forte relação entre os elementos que determina a sua enorme beleza.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Rir ou Chorar? That is the question

Local: um Centro de Saúde de Lisboa
Objectivo: marcação de uma consulta
Funcionária (com ar entediado): Minha senhora, só aceitamos marcações via telefone
Utente: Mas,…
Funcionária: Já lhe disse que marcações só pelo telefone
Utente: Qual é o número?
Funcionária: 21…….
Utente (pega no telemóvel, marca o nº e é atendida pela mesma funcionária que está à sua frente): Bom dia, queria marcar uma consulta…

Mapa mundial do A(H1N1)

A contabilidade da Organização Mundial de Saúde (OMS) ao novo vírus A(H1N1) indicava, ontem (21 de Maio), 11.034 casos de infecção oficialmente comunicados. Resultaram 85 mortes dessas infecções. O vírus foi identificado em 41 países. Desde ontem, surgiram 791 novos casos, sobretudo no continente norte-americano (244 no México, 241 nos Estados Unidos, 223 no Canadá). É na América do Norte e Central que se registaram, até agora, a grande maioria dos casos.

Entretanto, surgiram nos últimos dias vários focos de infecção em escolas do Japão (agora com 259 casos) e a Austrália registou os seus primeiros casos.Na Europa, a Espanha com 111 casos confirmados é o país mais afectado, seguindo-se-lhe o Reino Unido, com 109 casos. Portugal apenas registou um caso, e várias suspeitas revelaram-se infundadas. Na maioria dos casos, os doentes recuperam bem, em poucos dias. A infecção não tem sido, globalmente, muito severa. Muitas das mortes ocorreram em pessoas com quadro clínico desfavorável (doenças crónicas, sistema imunitário debilitado). Aparentemente, doenças “da civilização”, como a obesidade, são também novos factores de risco. O México continua a ser o país onde mais casos mortais ocorreram: 75. Os EUA registaram oito mortes. Canadá e Costa Rica um caso mortal cada.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Limites

Em nome do Amor faz-se muita m….mas nem toda a m…. é igual. Não, não vou entrar no domínio da escatologia.
Quando ouço aqueles relatos de violência de género fico sempre estupefacta e pergunto-me como é possível tamanha irracionalidade e, ainda por cima, em nome do amor. Escudam-se atrás desse sentimento maior para justificar o injustificável e vitimizam-se porque sofrem, incompreendidos (dizem), por amor.
Infelizmente conheço um caso assim. Não de violência física, mas de violência psicológica emocional brutal. O divórcio já aconteceu mas mantém-se a pressão, a perseguição, a violência verbal, a invasão da privacidade…tudo em nome do amor. Magoam-se os filhos, usam-se os filhos, prejudicam-se os filhos, amedrontam-se os filhos…tudo em nome do amor.
Não posso, não quero, compreender, muito menos em nome do Amor.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Relações

Nunca fui muito namoradeira mas sim de poucas e grandes paixões.
Sempre houve, contudo, uma coisa que sempre fiz questão de ter, ou preservar: o meu espaço. Há quem diga que é por ser filha única, outros porque sou caranguejo (de signo, note-se, que eu não gosto de andar para trás), outros porque tenho mau feitio… Enfim, será um bocadinho de tudo. Houve e há quem não entenda essa necessidade e a interprete como um sinal de perigo relativo à intensidade da coisa (se falarmos em paixões ou amores), e se encolha, e fique inseguro e meta os pés pelas mãos e fuja a sete pés. Esta necessidade de espaço aliada à minha dificuldade em fazer “género” tem dificultado a minha vida amorosa nos últimos tempos. Este intróito vem na sequência de algumas pessoas amigas estarem na fase pós-divórcio (algumas após quase duas décadas de vida conjugal) e não entenderem como consigo “estar sozinha” lançando aquela frase cliché “Homens, são todos iguais mas não conseguimos viver sem eles”.
Ai conseguimos, conseguimos. Pode não ser o ideal. Há dias em que andamos a bater com a cabeça nas paredes. No fundo, no fundo continuamos à espera do PE. Mas fretes, jamais*. Pelo menos para mim.

* Claro que também existe o ditado: Nunca digas desta água não beberei

A(H1N1): o que já se sabe

Os primeiros parâmetros da epidemia começam a ser estimados. Apontam para uma severidade semelhante à gripe "asiática", de 1957.
Na última semana, começou a entender-se melhor as características da nova estirpe do vírus A (H1N1), que emergiu na América do Norte.
Com base nos dados do México, uma equipa de investigadores, liderada por Neil Ferguson, estimou o rácio de mortalidade em 0,4 (4 mortes em cada 1000 infectados). Isto é, esta epidemia é mais mortal do que as epidemias sazonais, mas muito longe da severidade da pandemia de 1918 (com um rácio de mortalidade de 2,5%). Fergunson compara a sua severidade à da pandemia de 1957 (“asiática”).
Por cada pessoa infectada, é provável que surjam entre 1,2 a 1,6 casos secundários. Esta taxa de ataque é alta quando comparada com a gripe sazonal comum (onde entre 10 a 15% da população pode ser infectada). Contudo, é mais baixa do que é esperado em caso de pandemia (em que 20 a 30% da população pode ser infectada).

domingo, 17 de maio de 2009

Ambiguidades

Há pessoas que conhecemos, quase, desde sempre. Juntas atravessámos a época "manhosa" da adolescência, trocámos confidências sobre os nossos amores, ou melhor, paixões, fizemos planos para o futuro, enfim, crescemos juntas.
Mas, mais tarde, por circunstâncias externas e, mais ainda, interiores, começamos a divergir e a palmilhar percursos que se vão afastando e que nos afastam. E a intimidade vai-se dissipando. Há, contudo, momentos em que ela retorna, muitas vezes questões dolorosas, e nós estamos ali, recuperada que está a nossa história. Mas na normalidade das coisas já não a/as procuramos, já não nos confessamos, já não nos entendemos.
A amizade pode ser uma coisa estranha.
Hoje é um dia em que sei antecipadamente que é por causa dessa Amizade que se edificou lá longe que nos vamos encontrar. Vai ser um dia cheio de emoções, umas boas, seguramente, outras nem tanto.

sábado, 16 de maio de 2009

Portugal surreal

Não posso com os tiques,as manias, a presunção de Manuela Moura Guedes. Também a acho uma péssima pivôt, com má dicção e problemas de leitura do teleponto; ela que tanto diz mal de alguns colegas devia não só ver-se ( as caretas que faz são de ir às lágrimas) como ouvir-se mais vezes e ter a humildade (que nunca ficou mal a ninguém) de se corrigir.Também acho que ela já teve a sua oportunidade de fazer a diferença; não se esqueçam que a senhora já foi deputada da nação. Que eu saiba nunca "botou" faladura no parlamento e a sua passagem por lá reduz-se, como a de tantos outros, a nada.
Acho que tem, como todos nós, direito a exprimir a sua opinião e, como tal, já que a sua vida televisiva parece facilitada, poderia ter o seu programinha de opinião/reportagem/talk show (talvez na senda do seu ex-Raios e Coriscos) onde poderia dar azo a tanta coisa que lhe vai na alma. E atenção que me parece que muito do que lhe vai na alma vai na minha também.
Agora, um telejornal é para dar a conhecer/apresentar notícias. Ponto.
Mas não é nada disto que me fez escrever este post.
O que eu quero mesmo dizer é que ontem ouvi no noticiário da TVI, apresentado pela supracitada, uma notícia que me deixou estupefacta, to say the least:
Um "depósito" de ambulâncias novinhas em folha, muito arrumadinhas, pertencentes INEM mas que esta entidade, por motivos que nem é bom pensar quais são, não entrega às diferentes corporações, nomeadamente de bombeiros, que prestam assistência de emergência médica e que, muitas vezes circulam em veículos já a "cair de podres"(pois não há dinheiro para novos) e que, OUVI ISTO SENHORES, muitas vezes, por não estarem certificados (não sei se será o termo adequado) pelo próprio INEM são multadas pela BT enquanto desempenham a sua função de salvamento de vidas!!!!! Como nem o INEM nem o Ministério da Saúde quiseram comentar a notícia a coisa fica ainda mais sinistra.
Claro que, entretanto, quem forneceu as viaturas já se encontra de bolsos bem recheados e , se a coisa correr bem, ainda vai ganhar mais algum à conta das ambulâncias estarem paradinhas durante tanto tempo.
Estamos em ano de eleições, não é?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Clostridium difficile

O Clostridium difficile é uma bactéria anaeróbia que faz parte da flora intestinal de cerca de 3% dos adultos e de muitas crianças saudáveis e que vive em equilíbrio com os restantes microorganismos habituais no cólon, os quais constituem a flora intestinal
Cerca de 10 a 30% dos doentes internados estão colonizados por esta bactéria. A utilização frequente de antibióticos leva ao desequilíbrio da flora intestinal e assim estão criadas as condições propícias ao desenvolvimento da diarreia associada ao Clostridium difficile
Nem todas as estirpes de Clostridium difficile ocasionam a doença, também chamada colite pseudomembranosa, pelo aspecto que o cólon apresenta, com falsas membranas na parede intestinal. Só as estirpes produtoras de toxinas estão implicadas na doença, sendo as toxinas A (enterotóxica) e B (citotóxica) as melhor caracterizadas sendo que, algums destas estirpes apresentam virulência aumentada que se reflecte na maior produção de ambas as toxinas e que, no extremo, principalmente em doentes já imunodeprimidos, pode conduzir à morte.


Tal como no caso do H1N1 não é para panicar mas sim para ter os cuidados básicos.

terça-feira, 12 de maio de 2009

b-a-ba do vírus da gripe (influenza)

O vírus da gripe pertence à família Orthomixoviridae. É constituído por ácido ribonucleico (ARN) de hélice simples e de polaridade negativa. Conhecem-se três tipos de vírus da gripe: A, B e C. Só os dois primeiros têm interesse em saúde pública uma vez que o tipo C provoca infecções muito ligeiras. As pandemias são invariavelmente originadas pelo tipo A.
O vírus da gripe tem, predominantemente, uma forma esférica especulada com cerca de 100 nanómetros. As proteínas com a forma de espícula correspondem às duas glicoproteínas de superfície (antigénios de superfície): a hemaglutinina (assim chamada porque reage com as proteínas receptoras dos glóbulos vermelhos, provocando hemaglutinação) e a neuraminidase. A hemaglutinina é quatro vezes mais frequente que a neuraminidase.

Os diferentes subtipos são determinados em função das diferentes proteínas de superfície (H1-H16; N1-N9).
É a segmentação do genoma do vírus que está na origem da sua variabilidade, das suas constantes mutações. Esta variabilidade antigénica e genética pode assumir uma expressão menor (drift), mais frequente, ou mais profunda, mas mais esporádica, correspondente ao aparecimento de um subtipo novo de vírus (shift).

domingo, 10 de maio de 2009

sexta-feira, 8 de maio de 2009

"Cinema de Animação"

No estéril panorama de programação infantil da altura, o "Cinema de Animação" de Vasco Granja era um mundo de sonhos e imagens. Nele "cabiam" todos os géneros de "desenhos animados" e BD e que nos dava a magia do movimento de dois ou três riscos num papel, dois ou três pedaços de plasticina.
Vasco Granja surgia no écran , simpático, com um tom de voz tranquilo e mostrava-nos um mundo novo.
Só agora soube que morreu. Fica a memória.

Transcrevo aqui um texto que diz aquilo que quero dizer:
Uma das boas nostalgias do meu tempo de criança prende-se com a rubrica televisiva, "Cinema de Animação", apresentada pelo inesquecível e carismático Vasco Granja.
O programa "Cinema de Animação" teve o seu início em 1974, logo após a revolução do 25 de Abril e aguentou-se durante 16 anos, até 1990, tendo sido apresentados cerca de um milhar de edições.
Este programa da RTP, iniciado ainda no tempo do "preto-e-branco", primava pela variedade de desenhos animados que passava, apesar do apresentador, especialista de cinema de animação, mostrar uma preferência especial pelas produções dos países de leste, nomeadamente da Polónia, Jugoslávia e Checoslováquia, muitas vezes de características experimentalistas, em contraponto às clássicas séries dos Estados Unidos, nomeadamente da Disney e da Looney Tunes.
Vasco Granja seleccionava filmes de vários países, desde a Europa até ao Japão, incluindo filmes oriundos do Canadá, então muito forte no cinema de animação experimental, nomeadamente de autoria de Norman McLaren, um dos confessos realizadores preferidos do apresentador. A Vasco Granja e ao seu “Cinema de Animação” deve-se também a divulgação e popularidade da série “A pantera cor-de-rosa”, de Friz Freleng e David DePatie, sendo, à custa disso, apelidado de "o pai da pantera cor-de-rosa”.
De todos os bons filmes de animação que eu via no "Cinema de Animação", incluindo a “Pantera cor-de-rosa”, que continua a agradar, mesmo às novas gerações, a série "O Lápis Mágico" foi aquela que mais tocou a minha imaginação de criança.
"O Lápis Mágico", no original "Zaczarowany Olowek", era uma produção polaca, cujos episódios, com cerca de 10 minutos cada, giravam à volta de um menino que tinha como amigo um duende que por sua vez lhe emprestava um lápis com capacidades mágicas, pelo que tudo o que o menino desenhasse se materializava, tanto objectos como animais. O menino tinha ainda um inseparável companheiro, um cão amarelo, muito irrequieto e inteligente, que o ajudava em inúmeras situações.
O lápis mágico só funcionava em situações especiais, normalmente numa perspectiva do Bem mas nunca ao serviço do Mal, principalmente quando alguém se apropriava do lápis ou obrigava o menino a fazer desenhos para uso maldoso.
Esta série de animação, como muitas outras tão características dos chamados países de Leste, não tinha falas e por conseguinte era apresentada sem legendas, mas apenas com música e sons. Apesar disso, as histórias eram de fácil compreensão para as crianças, mesmo as que ainda não sabiam ler e transmitiam valores de alegria, paz e amor, como fazia questão o apresentador.
Apesar da simplicidade da realização, esta série "O Lápis Mágico", tornou-se uma das preferidas da rubrica "Cinema de Animação" e deu azo a muitas e imaginativas brincadeiras. Pessoalmente, fartei-me de romper lápis e riscar paredes e papel na expectativa infantil de ver transformar-se em realidade os bolos, carros, cães e gatos que desenhava. Felizmente, para matar saudades e voltar a divertir, e até para recordar a inesquecível música de abertura, hoje em dia ainda é possível assistir a vários episódios dispersos no sítio YouTube, bastando escrever na caixa de procura o título original, "Zaczarowany Olowek".


in Santa Nostálgia

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Aviões a aeroportos

Cada vez gosto menos de andar de avião e de tudo o que lhe está associado. 1º, partindo do princípio que tudo corre de feiçao (check-in rápido, horário cumprido, etc.), o ar lá dentro torna-se "pesado ao fim de meia-hora, as mãos e os pés incham, desidratamos muito rapidamente (e aqui coloca-se o dilema: se bebo muita água tenho de ir muitas vezes ao WC o que, em voos longos, é uma grandessíssima maçada), não há posição possível, o barulho é enervante, e mais, e mais, e mais.
Agora, quando há escalas pelo meio, e curtas, aí o desespero é total. Já correndo tudo bem (voltamos ao mesmo) a coisa fica bem apertada e já saímos do 1º avião a correr para "apanhar" o 2º com os sacos e malas a balançar e aí vamos pelos tapetes rolantes a acelerar para não perder o connection flight e a "rezar" para que a bagagem também chegue a tempo e não tenhamos que, à chegada, ir para a fila da Lost Luggage. Correndo mal, o 1º voo atrasa, na aterragem fica 1/4 a pairar pois há muito tráfego no ar, aguardamos autorização para aterrar, aterramos, só conseguimos sair do avião após 10 minutos, faltam 5 para o 2ª voo, fazemos um verdadeiro sprint furioso e desesperado pelos vários terminais do aeroporto (sim porque nestes casos, aterramos no terminal A e temos de ir para o terminla Z), chegamos finalmemte ao nosso gate completamente exaustos, encharcados em suor e com dificuldades respiratórias sérias e... cadê o avião? Já foi.
Desta vez para Bremerhaven isto não me aconteceu porque, ironicamente, a tripulação que vinha num voo de Milão, também atrasado, chegou 1 hora depois do previsto. E aqui mudei o meu alvo de ira, em vez de bradar contra o avião (o que se atrasou e o que não esperou por mim), bradei contra a tripulação atrasada (apesar do motivos). Sim, porque nestas alturas é fundamental descarregar em alguém ou alguma coisa, só mesmo para dizer mal ;)
E atenção, que neste blá, blá todo não falei da comida que nos dão lá dentro, cada vez mais um atentado às nossas papilas gustativas e saúde digestiva.

domingo, 3 de maio de 2009

Rafael Bordalo Pinheiro

Fui passar o fim-de-semana a Sintra e, além dos incontornáveis travesseiros da Piriquita, revisitei o museu de arte de moderna. Uma das duas exposições “RAFAEL BORDALO PINHEIRO – DA CARICATURA À CERÂMICA”. É sempre com imenso prazer que vejo obras cujo autor está muito à frente do seu tempo e este é um desses casos. Apesar do kitsch as peças são de um valor estético extraordinário e representam, SÃO, Portugal.

Dear mummy

Apesar das


divergências
discussões
irritações
enervações
más comunicações ou faltas de comunicação
"choques frontais"
saturações
"enchimento de saco"
...


I love you mummy